Segundo dia de Secom aborda dia a dia do jornalismo e da produção audiovisual no Brasil

Oficinas complementam a programação do evento e encerramento tem show ao vivo

A Semana de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida, campus Barra, abre o segundo dia debatendo o papel do jornalismo e a profissional de televisão. As lives aconteceram com Pedro Figueiredo, repórter do Grupo Globo no Rio de Janeiro, e Adison Ramos, jornalista da InterTV, filial da Rede Globo em Friburgo.

Pedro Figueiredo contou sobre o início da trajetória na televisão, histórias de coberturas e a sua relação com a covid-19. “Eu fui diagnosticado assintomático e foi um baque para mim. Eu estava relatando casos de coronavirus e de repente aconteceu comigo. Foi difícil porque eu queria continuar fazendo o meu trabalho”.

Repórter Pedro Figueiredo – Foto: Divulgação SECOM UVA Barra

Mesmo em casa, Pedro Figueiredo continuava fazendo suas matérias. Ele conta que a forma de produzir notícia também mudou devido à pandemia, como o contato com as fontes e entrevista com o público. Além disso, o fato dele mesmo segurar a câmera e também gravar, trouxe uma leve dificuldade. “Eu tinha um problema com o enquadramento no inicio, mas com o tempo consegui ajeitar”, conta.

Ao longo da palestra, Pedro também refletiu sobre o passado e o futuro do jornalismo. Segundo ele, a profissão estava desacreditada e a internet ganhava força como fonte de informação. Hoje, ele vê que o panorama mudou e espera que o futuro seja ainda mais agradável para os jornalistas. “Quando eu comecei, as coisas estavam ruins para os profissionais, mas uma parte da sociedade percebeu que o jornalismo tradicional é importante, principalmente em tempos de crise. Eu espero que depois da pandemia, as pessoas valorizem ainda mais o jornalismo como um todo”.

Adison Ramos é jornalista da InterTV, filiada da Rede Globo – Foto: Divulgação SECOM UVA Barra

Compartilhando da mesma lógica de pensamento, Adison Ramos abriu a sua palestra reafirmando a fala de Pedro Figueiredo. O repórter da InterTV, conta que o início da carreira foi complicado porque o jornalismo estava cercado de incertezas. “Lá em 2014, quando estavam decidindo se precisaria ou não de diploma para ser jornalista, estávamos desacreditados. Hoje, as pessoas dizem estar orando pela gente porque a gente está na rua relatando as dificuldades que vieram junto do coronavirus.”

A pandemia também fez com que Adison repensasse a forma de produzir noticia e o funcionamento das redações. Para ele, alguns elementos como o home Office e as entrevistas a distância podem continuar depois da pandemia, em casos específicos, mas o dia a dia nas redações é insubstituível. “Tem que existir a troca de informações no ambiente físico. Para uma matéria ir ao ar, tem a visão e a opinião de várias pessoas da redação e isso a gente não pode perder”, diz.

Para encerrar a sua participação na SECOM, Adison deixou uma mensagem para os futuros jornalistas do país. “Vocês escolheram uma profissão muito difícil. O jornalismo sempre foi feito pensando no outro, para que as pessoas tenham informação. Nesse tempo de crise, precisamos ter ainda mais cuidado com a apuração, informação e a verdade”, finalizou.

Alessandra conta que foi um desafio organizar, a distancia, um evento totalmente virtual – Foto: Arquivo pessoal

A estudante de jornalismo, Alessandra Raposo, participou do evento. Ela cumpriu seu papel como uma das organizadoras da Secom e se sentiu motivada como aluna. Confira o depoimento abaixo:

Oficinas e encerramento

Dando continuidade ao segundo dia de SECOM, as oficinas acontecem na parte da tarde. Às 15h, a influenciadora digital e maquiadora profissional, Thatiane Alves, dá dicas sobre maquiagem do dia a dia e explica como essa prática ajuda na autoestima durante a quarentena. Em seguida, às 15h50, quem entra em ação é a influenciadora Bella Lima para falar sobre a vida das microinfluencers.

O evento continua a noite com mais duas palestras. O produtor André Carreira, integrante da produtora Camisa Listrada, conhecida pelos sucessos “Fala Sério, Mãe!”, de Pedro Vasconcelos, “Os Farofeiros”, “O Candidato Honesto 1 e 2” e “Um Suburbano Sortudo”, de Roberto Santucci fala sobre “O futuro das produtoras de audiovisual no Brasil” a partir das 18h.

André Carreira é sócio da produtora Camisa Listrada, que atualmente é uma das produtoras mais atuantes no mercado cinematográfico brasileiro – Foto: Reprodução da internet

Já às 19h30, os jovens Matheus Yan e Lucas Cilento, da Dom Pedro Conteúdo, falam sobre “Os desafios e dificuldades do mercado audiovisual brasileiro”. E para encerrar o evento, às 20h20, o cantor Hugo Leonardo e depois a Banda Sereno cantam suas músicas no Instagram da SECOM UVA Barra. Vai ter festa em casa.

Pedro José Alves – 7º Período / Jornalismo

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