Fisio em Foco promove debates sobre o desafio da rasteira

Professores de Fisioterapia do campus Barra realizaram uma mesa-redonda virtual para discutir os perigos desse desafio que viralizou na internet

O curso de Fisioterapia, da Universidade Veiga de Almeida (UVA), promoveu o evento Fisio em Foco no dia 28 de abril com debates realizados virtualmente. A conferência aconteceu com o coordenador do curso Yves de Souza e os professores Marina Fortuna e Igor Brauns acerca de uma “brincadeira” que ficou conhecida na internet como Desafio da Rasteira.

Os vídeos desse jogo viralizaram este ano e foram amplamente compartilhados. Acontece da seguinte forma: três pessoas se posicionam lado a lado, a pessoa que se encontra no meio pula e as duas pessoas as extremidades golpeiam pelas pernas quem se encontra no meio a fim de derrubá-la. Além dos compartilhamentos, a ação também ganhou notoriedade por provocar lesões graves e óbitos.

O desafio é feito majoritariamente por pré-adolescentes que passam pelas transformações corporais e trouxe um alerta para pais, escolas e profissionais da área da saúde. A professora Marina Fortuna se preocupa com as consequências dessa atividade para a vida desses jovens. “Para que haja lesão tem que ser realmente um impacto de alta intensidade, como acontece no desafio da rasteira”, contou. Já o professor e coordenador do curso de fisioterapia, Yves de Souza, alerta para os perigos que o impacto pode causar no aparelho respiratório. “A queda pode provocar diversas lesões pulmonares graves”.

A viralização de vídeos nas redes sociais expõe outros problemas que vão além da fisioterapia. Para o professor Igor Brauns, a internet é utilizada de maneira equivocada. “A gente encontra diversas vezes a necessidade de rir do outro e não rir com o outro. Isso é uma alteração de comportamento. Por que não criar uma brincadeira sem constranger o outro?”, disse Brauns.

O Fisio em Foco durou cerca de duas horas e contou com mais de 70 participantes. Segundo o coordenador Yves de Souza, o evento será mensal trazendo temas diversos e sem focar no coronavírus. “Por mais que esse seja o momento da fisioterapia se destacar na parte respiratória, a fisioterapia não se resume em tratar covid-19. Não é o momento”.

Rafaela Barbosa – 7° Período | Jornalismo

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