Ações reforçam o empoderamento feminino e a autonomia econômica e financeira
De acordo com um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil é um dos países com maior proporção de mulheres entre os “Empreendedores Iniciais”. A escassez de empregos é um fator que contribui para o aumento significativo das brasileiras à frente de alguma atividade empreendedora.
A pesquisa reflete uma mazela social pautada pelo sistema patriarcal, ainda vigente que, consequentemente, implica que mulheres sejam as mais afetadas pelo desemprego. Apesar da desigualdade de gênero latente no país, a presença feminina tem se tornado algo cada vez mais recorrente neste espaço. E projetos têm surgido com o objetivo comum de empoderá-las.
Uma dessas iniciativas transformadoras é o Instituto Rede Mulher Empreendedora – RME, a primeira e a maior plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do país. Criada com o propósito de empoderamento econômico e financeiro e de decisão sobre seus negócios e suas vidas.

Marina Gurgel, gerente do RME, explica que o instituto trabalha com a capacitação para geração de renda, seja através do empreendedorismo ou pela empregabilidade de mulheres. Além de apoiar pequenos negócios por meio de programas de aceleração e apoio financeiro, a organização também auxilia públicos em situações de vulnerabilidade específicas, como: mulheres trans, presidiárias, refugiadas e vítimas de violência doméstica. “O Instituto trabalha para que as mulheres sejam donas da própria vida”, destaca a gerente.
Segundo dados oferecidos pelo RME, 170 mil mulheres já foram beneficiadas pelas ações. “O principal objetivo é promover a autonomia econômica dessas mulheres, através da educação financeira e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais para que elas se sintam seguras para tomarem as próprias decisões”.

Dentre as milhares de beneficiadas pelo RME está, Daianny Reis, proprietária da Daianny Reis Semijoias. A empresária revela que sempre sonhou em ser dona do próprio dinheiro e que apesar do negócio recente, sua jornada vem de muito antes. “Quando era mais nova reservava a mesada que os meus pais me davam para comprar balas e bombons para revender na escola”, conta.
A empresária acredita que o ramo empreendedor necessita de representantes femininas, por isso, iniciativas que inspiram outras mulheres, tornam-se de extrema relevância. E conta que o RME ajudou a impulsionar sua marca através de consultorias e dicas especializadas. “Me fez enxergar que eu poderia alavancar minhas vendas geograficamente”, diz.
“Eu empreendo hoje não porque seja uma real necessidade, mas porque eu gosto”
Daianny Reis
Daianny explica o porquê de iniciativas como esta serem tão importantes:
Normalmente, os programas do Instituto aconteciam de forma presencial, porém, com a pandemia, os encontros agora são virtuais. Em contraponto, foi possível alcançar um número maior de mulheres em 2020, atingindo 1.530 cidades do país, segundo o relatório de atividades do RME. Foram cerca de 924 oficinas online ocorridas entre abril e dezembro do ano passado.
Ações que impulsionam o crescimento de mulheres, geram fortes impactos sociais. É o que Marina Gurgel, gerente do Rede Mulher Empreendedora, comenta no vídeo abaixo. Assista:
Ana Fernandes – 7º período
Gabrielle Lopes – 7º período
O trabalho está bem estruturado, o tema abordado é muito atual e relevante no momento em que o pais sofre com a crise do desemprego, por conta da Pandemia que jogou cerca de quinze milhões na rua da amargura. Mas sempre há uma brecha para os mais corajosos e preparados. Não é hora de cruzar os braços. Vão a luta. Parabéns Gabriele.
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O tema abordado é muito pertinente. É nos momentos de crise que surgem as oportunidades.
Eu , após a terceira demissão em 5 anos, resolvi empreender. E foi a melhor decisão que tomei. O empreendedor as vezes não é levado a sério nas empresas, enfrenta barreiras, que acaba o perdendo. E que mais mulheres empreendam , por natureza, são mais focadas e determinadas.
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