A exposição da imagem corpórea entre em debate no meio universitário

O nude é um fetiche muito mais na expectativa que o ato desperta do que realmente na troca de fotos. O assunto tão presente entre os jovens também é fruto da pesquisa do professor Eduardo Bianchi, que na última quinta-feira (23/08), abordou o tema “A imagética autopornográfica dos nudes”, na Universidade Veiga de Almeida (UVA), campus Barra. Entre os presentes estavam os alunos do curso de Comunicação Social.
A conversa começou com um questionamento: quem já mandou uma foto nu? O silêncio do auditório é explicado pelo peso e vergonha que o corpo tem na sociedade contemporânea. O palestrante acredita que as pessoas se inibem com o que está sendo exposto e ao se sentirem inibidas não confessam o que fazem. “O olhar do outro acaba julgando o nosso comportamento”, afirma. Ele também comenta que apesar da insegurança sobre o próprio físico, existe a curiosidade da imagem de um outro indivíduo. Para a estudante de publicidade, Thamyris Sampaio, não se deve lidar com o nú de uma forma velada. “O nude é uma representação de nós para o mundo”, diz.
A exploração do corpo é constantemente atribuída às curvas, pele e exposição e é por isso que a estudante de jornalismo Júlia Madeira acha que esse tema lida um pouco com as críticas. “O nosso corpo apesar de ser nosso, acabam colocando opinião sobre ele”, garante. Para o docente, isso ocorre pois o desnudo estimula o desejo, a atração e é a pura e simples construção narrativa do eu. “Nossos corpos são as nossas matérias-primas do prazer no qual quem tem a informação tem o poder”, conclui.
Graziela Andrade – 5º período e Jamille Ribeiro – 4º período