Jurassic World Domínio é o capítulo final da franquia clássica que apaixonou e criou uma legião de fãs ao redor do mundo. A saga tornou-se referência de excelência para qualquer produção que envolvesse os monstrengos pré-históricos. Agora, quase 30 anos desde a estreia, a segunda trilogia chega ao encerramento, carregado de muita emoção, ação de qualidade e uma nostalgia aconchegante.

Domínio inicia alguns anos após acontecimentos do segundo volume, Jurassic World Reino Ameaçado. Com a destruição da Ilha Nublar e a libertação dos dinossauros para a livre circulação pelo mundo, os seres humanos agora dividem a existência junto desses seres temíveis. Eles rapidamente se mostram cada vez mais perigosos e ameaçadores do equilíbrio que antes existia na Terra. Numa tentativa de contenção e “proteção” aos dinossauros, a gigante farmacêutica BioSyn assume a liderança nos estudos sobre o DNA das feras, que promete contribuir com avanços médicos revolucionários para toda a humanidade. Como se viver entre dinossauros ferozes não fosse o bastante, a trama apresenta mais uma ameaça à tranquilidade dos seres humanos: uma espécie de inseto geneticamente modificado está destruindo plantações e impulsionando um possível desastre biológico no país.
O longa retorna o núcleo de Owen Grady (Chris Pratt), Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) e Maisie Lockwood (Isabelle Sermon), com os respectivos papéis já conhecidos durante a saga Jurassic World, além de trazer de volta o trio legado da saga Jurassic Park revisitando os personagens tão amados pelo público depois de tanto tempo: Laura Dern como a incrível paleobotânica Ellie Sattler, Jeff Goldblum como o divertidíssimo filósofo Ian Malcolm e Sam Neill no papel do paleontólogo aventureiro, Alan Grant.
Qualquer fã da saga, que originou esse universo fantástico, estava super ansioso para assistir os personagens que marcaram uma época, de volta em ação. E a recepção dos mesmos na história não poderia ter sido melhor, os três personagens possuem uma química absurda e de fato importam para o desenvolvimento da narrativa. Com o objetivo de aprofundar a investigação na suspeita BioSync, Ellie Sattler reúne outros dois companheiros de confiança para impedir um desastre biológico que avança rapidamente pelo mundo. O reencontro acontece de maneira orgânica e impulsiona a sensação de nostalgia confortante em quem admira a saga há bastante tempo.
Durante os dois filmes que estruturam Jurassic World, é de fácil percepção a flexibilidade do roteiro e direção na hora de surfar por características de diversos gêneros dentro de um só filme. Em Domínio não foi diferente, Colin Trevorrow assume a direção e parte da roteirização do longa (dividida com a roteirista Emily Carmichael) e permite momentos que passeiam pelo drama, a comédia e o suspense de maneira muito bem trabalhada. Talvez essa seja uma das explicações para o sucesso de Jurassic World em conseguir tantos novos fãs para a franquia.
Um possível ponto negativo para Jurassic World Domínio, talvez seja a maneira como os dinossauros acabam por entrar em segundo plano, dentre todos os arcos do filme. Por mais contraditório que isso possa soar, os dinossauros parecem apenas complementar o longa como “obstáculos” para impedir os personagens de cumprirem determinadas tarefas durante todo o roteiro. A criatividade das novas tramas de Domínio, faz com que o desenvolvimento da coexistência entre seres humanos e dinossauros, premissa original desse terceiro filme, seja pouco explorada durante o longa.
Porém, vale o destaque a outros pontos técnicos da produção: o trabalho de computação gráfica e a sonorização fizeram toda a diferença para a experiência com o filme, que consegue ficar melhor ainda se assistido em uma sala de cinema. A imersão da grande tela faz com que os 146 minutos de filme passem voando para o espectador.
Jurassic World Domínio tem o ritmo frenético, o filme não para. Sequências muito bem feitas, que transmitem perfeitamente o pavor de dividir espaço com criaturas de tamanho dobrado e força inigualável. Com o sucesso garantido nas bilheterias, o longa consegue encerrar todas as narrativas criadas para a segunda trilogia e finaliza a franquia caprichosamente, com direito ao último close de T-Rex em seu rugido clássico. Uma produção de qualidade, a experiência com Domínio tem potencial para agradar quem acompanhou a jornada até aqui. O filme estreia dia 02 de junho nos cinemas de todo o Brasil.
Assista o Trailer:
Bruno Barros – 1º período
Editado por Lucas Souza – 7º período