Festival de cultura digital abre espaço para esporte nascido da tecnologia

Considerados “estrelas” no mundo tecnológico e vistos como o futuro da aviação, os drones surgiram para inovar a já surpreendente Era Digital, ganhando destaque e sendo reconhecidos ao longo do tempo com suas diversas adaptações e utilidades. Uma das muitas novidades que acompanharam o crescimento dessas máquinas foi a criação de uma nova modalidade esportiva: a corrida de drones.
Durante o HACKTUDO 2018, foi disponibilizada uma arena exclusiva para drones, onde ocorreram demonstrações de voo, batalhas e corridas profissionais. O público pôde participar e, principalmente, aprender durante as atividades propostas – até quem já estava familiarizado. O estudante de 17 anos, Pedro Henrique Rangel, fala sobre seus primeiros passos com essa tecnologia. “Eu comecei a me interessar em 2016, assistindo vídeos postados no Youtube. Comecei a comprar as peças e montar um eu mesmo”, revela. “A beleza de você poder controlar algo que está no ar, de forma bem diferente de um avião, foi o que chamou minha atenção”, completa o jovem, que achou válida sua participação na arena.
Esse contato através da curiosidade e o destaque em eventos é incentivado por aqueles que trabalham na área, por ser uma oportunidade de esclarecer e difundir alguns aspectos dessa tecnologia. “O drone é quase uma plataforma. É uma tecnologia que permite muitas aplicações e isso é o mais interessante: ele é completo”, explica Carlos Candido, fundador do Mirante Lab – empresa responsável pela arena. Ele comentou ainda sobre essa participação no HACKTUDO. “O evento propicia o que eu chamo de democratização do acesso à tecnologia. Através do lúdico a pessoa conhece mais e é importante que a população tenha informação para que exista uma massa crítica no futuro”, destaca.

Ainda que as aeronaves não tripuladas façam sucesso com todas as idades, para cada aspecto interessante existe um igualmente provocador. “O maior desafio hoje é criar e definir processos para que o uso do drone possa ser feito em escala e com segurança”, afirma Candido. Outra mudança desejada é o aumento do número de mulheres no esporte. “Das equipes que vão participar, todos são homens. Precisamos de mais mulheres participando!”, brincou Candido durante as batalhas.
Seja como entretenimento ou profissão, a corrida de drones já é disputada em campeonatos brasileiros e mundiais, fazendo a cabeça de jovens e consolidando mais uma nova face no mundo esportivo.

Julia Morais – 6º período