Hacktudo produz a feira “Mostra Maker” como oportunidade de divulgação de projetos tecnológicos

Visibilidade e patrocínio. Esses são os objetivos de muitos especialistas de engenharia, robótica, informática, entre outras áreas responsáveis pelo desenvolvimento de materiais tecnológicos. Com a “Mostra Maker” este cenário mudou. O espaço tem o intuito de expor criações que agregam à cultura digital, mas que não possuem oportunidades de divulgação. Os estandes fazem parte do Festival Hacktudo, que, no último fim de semana (2, 3 e 4 de novembro), esteve na Cidade das Artes.
Entre os itens expostos estavam o Tubo de Vento, a Bobina de Tesla Musical, o Robô Reciclado e alguns jogos desenvolvidos por estudantes. Além disso, diferentes equipes mostraram trabalhos interativos e inovadores, como a responsável pela “Arte Inclusiva Arduino”, que busca trazer uma oportunidade para que deficientes visuais possam ser incluídos na arte. Segundo Andrea Vargas, idealizadora do projeto, eventos como esse trazem a valorização da tecnologia. “As pessoas adoraram e foram muito receptivas. A experiência no Hacktudo foi positiva, foi uma oportunidade única”, afirma.
Outro ponto destacado por ela é a presença de quatro mulheres representando a área da robótica. “Fazemos a questão de incentivar as mulheres a entrarem nesse meio e se envolverem para sermos representadas”. Para o Coordenador de Comunicação do evento e um dos organizadores, Gabriel Wasserman, o Hacktudo abre espaço e incentiva os makers – criadores. “A Mostra Maker traz uma chance para trabalhos com pouca visibilidade. São, aproximadamente, vinte expositores por dia. É quase uma feira de ciências e nós queremos viabilizar o acesso”.
A equipe responsável pelo GreenBoat, do Ramo Estudantil IEEE CEFET/RJ, pôde explicar detalhes sobre o projeto a todos os visitantes. O responsável pela parte mecânica do barco, João Vitor Drummond, conta que, eles foram motivados pelo interesse de expor a ideia e que o projeto tem viabilidade de ser aplicado e trazer benefícios para o futuro. “Valoriza nosso esforço e mostra a energia renovável como uma possibilidade viável”.
Conhecer trabalhos como esse, de perto, é essencial para que haja um maior entendimento sobre a cultura digital. O Analista de Sistemas, que ensina programação e robótica para crianças, Robinson Pereira, de 47 anos, acredita que no geral, o evento foi muito criativo e com uma interação eficiente. “O pessoal dos estandes têm explicado tudo de maneira esclarecedora e eu gostaria de ter trazido meus alunos, pois está sendo uma experiência muito útil”, afirma o professor.
Nayara Simões – 5º período