Nunca mais Hiroshima

Festival de cinema da Era Nuclear relembra primeiro ataque atômico após 74 anos

A nona edição do International Uranium Film Festival trouxe a discussão de um assunto sério: os perigos radioativos e nucleares pelo olhar da arte. O evento aconteceu no domingo (26/5), na cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio e deu voz aos sobreviventes da bomba de Hiroshima, Takashi Morita e Kunihiko Bonkohara, e ao diretor do espetáculo “Os três sobreviventes de Hiroshima”, Rogério Nagai.

O festival considera os filmes como um importante instrumento para levar informação ao grande público. Sendo assim, o documentário, “O Sr. Morita”, dirigido por Roberto Fernández, foi exibido e a história de Takashi Morita foi motivo de aplausos e lágrimas do público presente.

“Vou continuar contando minha história e acreditando na paz. Espero que outras pessoas possam se juntar a mim, pois esse é um caminho longo, o qual não podemos trilhar sozinhos.”

– Fragmento do livro “A última mensagem de Hiroshima”, por Takashi Morita.

Para instaurar uma cultura de paz, Rogério Nagai, fundador do projeto “Sobreviventes pela Paz” e diretor do espetáculo “Os três sobreviventes de Hiroshima”, diz ser necessário revisitar o passado. Por isso, enxerga o fato de participarem do festival como algo importante. “Eu me sinto no dever, realmente, de conscientizar as pessoas mesmo, e de lutar contra isso”, relata Nagai.

Gabriela Werneck participou do festival e afirma que tanto o documentário, quanto a palestra e o bate-papo, permitiram que tivesse a impressão da vergonha e maldade do ser humano. ”Qual o limite que não afeta o outro?”, refletiu a atriz. Foi nesse contexto que a Márcia Gomes, fundadora e Diretora Executiva do evento, falou que o Uranium Film Festival é assunto para todos. “Não tem fronteiras”.

Confira um trecho da apresentação de dança contemporânea, de alunos do Curso Técnico em Dança da Eteab/Faetec, em homenagem aos sobreviventes da bomba de Hiroshima.

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Luma Keily – 1º Período | Jornalismo

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