Marcas buscam inovações para apostar nas mídias digitais esportivas

Novas tendências buscam espaço em território dominado pela TV

A televisão é caracterizada pela transmissão esportiva e pelo monopólio dos principais campeonatos, com a maior parcela dos anunciantes e público esse meio não deixa arestas para o digital. Entretanto, com o avanço e a democratização do acesso à internet, marcas e empresas estão mudando as táticas para poder atingir novos nichos.

As mídias digitais se firmaram com o público esportivo, o Globo apurou em reportagem que 38% das população brasileira assiste aos jogos e obtém informações via meio digital, por redes sociais e canais de streaming, como YouTube e Twitch.

A Horizm, agência de dados e informações esportivas, afirma no relatório “Valor digital dos fãs” que apenas 2% do universo esportivo digital brasileiro está sendo aproveitado pelas marcas esportivas, esse vácuo está fazendo com que as transmissoras e produtoras esportivas digitais busquem se tornar referência no mercado, para ser o foco dessas marcas.

O diretor de marketing do Comitê Olímpico Brasileiro(COB) Gustavo Herbetta afirma que o órgão busca atingir o público jovem como foco, “nossas redes têm um tom mais quente, mais de resultado, ao vivo, isso traz os fãs”.

Herbetta conta que o Comitê tem buscado adequar a sua comunicação para as novas plataformas, como Tik Tok, reels e shorts. “Hoje a gente vive essa era do short vídeo, nós temos uma equipe de conteúdo digital, no cuidado de falar nesse formato mais perto do fã, adequar a cada rede”.

O Canal olímpico, veículo de transmissão esportiva do Comitê Brasileiro, também foi mencionado por Gustavo, ele fala que a plataforma prende o espectador, como as pessoas vão para o veículo assistir um esporte específico sem ficar trocando de canais, como na televisão, a atenção é contínua, portanto as marcas são exibidas com maior efetividade.

Com o crescimento do consumo esportivo pela internet, algumas organizações estão apostando no meio digital para veicular seus programas e jogos, é o caso do Clube Athlético Paranaense, que em vez de fechar com a Globo, como o restante do times da Série A do Brasileiro, está passando seus jogos como mandante na CazéTV, nas plataformas da Twitch e YouTube.

A equipe atleticana fechou a transmissão para pay-per-view pelo preço mínimo de R$1,99 de forma exclusiva no veículo, que ano passado obteve a maior transmissão da história durante a Copa do Mundo, com 5,2 milhões de aparelhos simultâneos. 

Luís Felipe, que narra jogos no canal, conta que “patrocinador no mundo digital vai querer uma entrega mais personalizada, porque ele tá comprando um espaço marcado por ser um influenciador, ou de uma marca com uma personalidade muito forte”.

Apesar de uma maior necessidade das marcas de se diferenciarem, Freitas não acredita que os esportes vão sofrer mudanças, mas que veremos cada vez mais o meio digital se adaptando e sendo mais presente.

O telefone celular é utilizado por 84,4% da população brasileira, de acordo com levantamento do IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), porém os esportes e as marcas direcionam seus produtos para a televisão, já que essa mídia tem uma penetração maior, chegando a lugares que a internet ainda não teve acesso sinal.

Os veículos de mídia digital vão buscar uma maior inserção no mercado e na agenda das marcas, porém o cenário se mostra mais favorável a um movimento mais lento nesse sentido, a força da televisão somada a uma necessidade de reinvenção das mídias na internet, além de criar um horizonte competitivo mais sólido, beneficiará ambas marca e público.

Matheus Maia – 8° período

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