Consumidores buscam economizar no gasto com eletricidade
Segundo mapeamento da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) realizado no ano de 2021, aproximadamente 53% desta matriz energética está concentrada nas regiões Sul e Sudeste do país. Segundo dados do Portal Solar, especializado no tema, atualmente este modelo energético corresponde a 12% de toda a matriz elétrica do país, sendo a segunda maior, atrás apenas da energia hídrica, proveniente da força das águas.
A distribuição desta energia por setor, acontece da seguinte forma:
- Residencial: 78,9%
- Empresas de comércio e serviços: 10,7%
- Rural: 8,5%
Com isso, o Brasil vem crescendo a cada ano no ranking dos países que mais produzem energia solar fotovoltaica no mundo. Em 2017 terminou na 26° posição, no ano seguinte, em 2018, ganhou 5 posições e terminou em 21°, chegando a ser o 13° em 2021, até fechar o ano de 2022 na 8° colocação. Além disso, o país atingiu a marca de 6.044 MW de geração instantânea, o patamar mais elevado atingido pelo SIN (Sistema Interligado Nacional), segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), obtidos pela CNN Brasil.
Uma das pessoas que aderiu aos painéis de energia fotovoltaica foi o militar Alexandre Souza. Segundo ele, o principal motivo que o levou a tomar tal decisão, foi a economia financeira gerada pela energia solar, estima-se que o desconto pode chegar até 95% na conta de luz: Ele aderiu aos painéis solares em sua casa que costuma alugar para temporada, e são suficientes para suprir a energia da própria casa e também do apartamento em que mora. “Eu costumava pagar em torno de 500 reais na conta de luz do apartamento e também da casa, agora eu pago apenas a tarifa mínima, que é de 150 reais em ambos. Economizo cerca de 700 reais por mês”, comenta Alexandre. Ele afirma que em 2021, época que realizou as instalações, existia uma estimativa que o valor investido nas placas solares seria pago em aproximadamente 5 anos, mas com o aumento nas tarifas de energia elétrica, esse tempo foi diminuído.
Marcelo Tavares, é engenheiro, técnico em eletrotécnica e dono de uma instaladora de placas solares, e para ele, um dos pontos positivos desta matriz energética, é ficar livre dos reajustes e da inflação que acontecem com a energia hidroelétrica. Um levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta que a tarifa de energia elétrica dos brasileiros deve aumentar, em média, 5,6% em 2023, sendo superior à projeção feita pelo mercado para a inflação deste ano. Segundo o empresário, 98% das pessoas que buscam a instalação dos painéis solares estão querendo reduzir seus custos com energia: “Os clientes querem poder usar seu ar condicionado, chuveiro, piscina, sem se preocupar com a conta no fim do mês”, afirma o engenheiro
O mercado de energia fotovoltaica tem mostrado um crescimento promissor entre a população das classes altas e médias e também para comércios. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o setor gerou mais de 783,7 mil novos empregos no Brasil entre 2012 e 2023. Apesar disso, ainda é um produto de difícil acesso para as classes mais baixas da população: “O investimento é alto, então não é fácil para qualquer pessoa adquirir. Seria interessante ter um plano de governo para incentivar o uso da energia solar”, afirmou o empresário Marcelo.
Igor Concolato – 3° período