A simulação pode aproximar os estudantes da realidade de um Tribunal do Júri, enquanto a oficina estimula debates acerca de casos sociais

Uma apresentação de caso jurídico, escolha do júri popular, ações da promotoria e defesa, participação de testemunhas e interrogatório do réu, esses são os elementos cotidianos de um júri real. Sob a coordenação de Marcelo Trindade, professor de Direito Penal e Processo Penal, os alunos da UVA Barra apresentaram o Júri Simulado.

O caso hipotético se tratou de um homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar, cometido por uma mulher chamada Maria da Silva. Durante o processo, testemunhas da promotoria e defesa foram ouvidas e interrogadas, enquanto ao final, a ré também foi interrogada. Após a sustentação oral da promotoria e defesa, a fim de utilizar a argumentação para direcionar a decisão final do júri, houve o momento da sala secreta, no qual o júri popular se reuniu em um lugar isolado para discutir a sentença final. Ao fim, a ré foi declarada culpada, com pena totalizada em 12 anos de reclusão.

É importante frisar que cada papel destacado foi performado exclusivamente pelos alunos de Direito da Universidade Veiga de Almeida, Campus Barra, o que torna a experiência mais imersiva e aproximada da realidade que encontrarão na vida profissional. O professor Marcelo Trindade reflete sobre o impacto de tais vivências para o crescimento jurídico de alunos do curso. Confira o vídeo abaixo:

A estudante do 8º período de direito, Geisy Silva, representou a promotoria durante o júri. A jovem revela que o processo de preparação para a simulação foi estressante, mas os resultados são recompensadores. Confira no áudio abaixo: 

O segundo dia de evento (08/11) teve a Oficina Momento da Psicologia, com a coordenadora do curso de Psicologia da UVA Campus Barra, Bárbara Carissimi, juntamente com Andrea Martelotta, professora de Direito e Psicologia. 

“Árvore de problemas” foi uma dinâmica em que 3 grupos deveriam, dentro de uma situação específica, identificar o problema central, como o tronco da árvore, achar as causas do problema, identificando como as raízes e as consequências seriam os galhos. Alunos do curso de Direito e Psicologia debateram sobre: paternidade sócio-afetiva, alienação parental e violência doméstica. Após a conversa e desenvolvimento das temáticas, os discentes trabalharam na fusão de conhecimentos, a fim de alcançar soluções viáveis através do ponto de vista da psicologia jurídica. 

A interação entre universitários de diferentes cursos pode ser benéfica. “A conversa é muito importante. Precisamos trabalhar juntos”, declara Bárbara Carissimi. Da mesma forma, Andrea Martelotta confirma a importância do diálogo entre os cursos. Confira o áudio: 

A aluna de Direito, Letícia Miranda, participou dos debates e refletiu sobre a participação da psicologia dentro do curso que escolheu. “Às vezes focamos muito no Direito como parte jurídica, mas esquecemos do principal, que é o emocional”, afirma a estudante. 

Déborah Gama – 2 período