“Thor: Amor e Trovão” chega aos cinemas sob direção de Taika Waititi. A nova aventura cósmica do super-herói da Marvel Studios mergulha na fórmula de sucesso já apresentada no terceiro filme (Ragnarok) e entrega um arco de personagem bem construído ao Thor (Chris Hemsworth).

A narrativa central permeia com a ameaça de Gorr, o Carniceiro dos Deuses, em extinguir os deuses. Quem interpreta brilhantemente o vilão é Christian Bale, ator que já viveu o Batman de Christopher Nolan nas telas. Reunindo forças para combater Gorr, o asgardiano Thor se reúne com a ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman), Valquíria (Tessa Thompson) e Korg (Taika Waititi).
Com uma atmosfera moderna e clássica, o diretor acerta em mesclar gêneros de ação, comédia romântica e drama, na história escrita em conjunto com Jennifer Kaytin Robinson. Taika é vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado em “Jojo Rabbit” e consegue cativar o público novamente com um humor nos momentos certos, entre piadas de filme renomado sobre viagem no espaço-tempo a uma marca de desodorante.
Reencontros, novas descobertas e luta. Há um período para tudo no filme, inclusive para o retorno da atriz Natalie Portman na franquia. Jane enfrenta um câncer terminal e tudo muda após visitar Nova Asgard. A Poderosa Thor ou Dra. Jane Foster já é uma história presente das HQ (história em quadrinhos) e agora no cinema ela conduz o martelo mágico, o Mjolnir, e reforça o protagonismo feminino seja em qualquer área.
A representatividade LGBTQI+ ganha espaço por meio de Rei Valquíria. A personagem protege fielmente o povo asgardiano. Porém, o que promete gerar identificação é a bissexualidade de Valquíria.
A trilha sonora com músicas ícones do rock como “Sweet Child O´ Mine” de Guns N’ Roses embalam Thor na jornada de autoconhecimento. Chris Hemsworth apresenta um lado mais vulnerável e humano do deus do trovão, o que permite uma reparação ao próprio.
A fotografia se destaca em uma das cenas de ação do filme. A decisão de inserir o preto e branco ao contraste da cor azul e dourado gera um aspecto único e belo. Já na produção, figurinos fazem referências a outros universos cinematográficos.
Aparições surpresas, participação dos Guardiões da Galáxia, Zeus (Russell Crowe) e mitologia grega, prometem atrair a atenção da audiência. Depois de nove anos, a volta do casal Thor e Jane também vai conquistar os fãs que torcem pelo envolvimento amoroso. Ao final, duas cenas pós-créditos vão definir o rumo do herói nos próximos acontecimentos.
“Thor: Amor e Trovão” não é surpreendente, não há uma revolução na forma de construção do longa, é apenas uma opção de divertimento e entretenimento que promete gerar diferentes emoções ao público. O filme estreia nos cinemas brasileiros hoje, 07/07.
Assista ao trailer:
Pedro Amorim – 6º período