Foram entregues mais de 90 kits em menos de uma hora.
Desde março de 2020 os brasileiros se viram obrigados a ter um novo item no vestuário, a máscara. Todas as atividades realizadas fora de casa são acompanhadas por esse pedaço de pano que cobre o nariz e a boca. Uma ação que salvou e ainda salva muitas vidas, mas ainda tem muita gente que não pode comprar uma.
Nas ruas de Nilópolis, baixada fluminense, Leonardo Demiéssi se reuniu com amigos para distribuir gratuitamente informação e máscaras PFF2, considerada a mais segura e com alto índice de proteção no combate ao novo coronavírus. Os kits continham um par de máscaras e um panfleto elaborado pelo próprio Leonardo com a ajuda de Nathália Ribeiro, farmacêutica e mestranda em Política e Gestão de Serviços de Saúde.
A mensagem foi escrita de forma acessível e traz pontos que já são rotinas para alguns e resistência para outros. “Não adiantava falar de filtros eletrostáticos para uma população, que a linguagem não era essa. Então conseguimos trazer uma linguagem que a população atendia”, explicou Nathália. O movimento repercutiu nas mídias sociais, chamando atenção inclusive de pessoas de outros estados brasileiros.
Clique no vídeo e veja como Leonardo descreve as reações das pessoas ao receberem os kits.
Embora no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mantenha a recomendação das máscaras de tecido, a máscara PFF2 no Brasil é considerada uma das mais eficazes na prevenção do Covid-19. Roberta Olmo é pesquisadora em Saúde Pública da Fiocruz e explica que essa máscara é constituída por um conjunto de microfibras sintéticas, com 94 e 95% de capacidade em reter partículas. “As máscaras PFF2 apresentam maior vedação de nariz e boca, maior eficácia na filtração do ar e os filtros são capazes de evitar a inalação de poeiras, gases, fumaças e substâncias”, informou Roberta.
Iniciativas como a distribuição da PPF2 e panfletos em Nilópolis querem impactar e inspirar mais pessoas. A ação ajudou a transformar uma população invisível aos olhos do poder público e o gesto solidário motivou o grupo a buscar mais recursos para ajudar mais pessoas. “De forma geral, saber que você está cuidando de alguém e isso vai dar uma potência maior para a pessoa faz o movimento querer continuar, e foi bastante enriquecedor ver esse processo”, afirma Wagner Lanzelotti, professor de Yoga e colaborador.
Pedro Amorim – 4° período
Pedro Araújo – 3° período