A adoção de pets transformando a vida de brasileiros

ONGs registram alta na procura por animais de estimação em meio ao isolamento social  

Solidão, angústia, um misto de sentimentos fizeram e fazem parte da vida de muitos brasileiros desde o decreto do isolamento social. Em meio a crise e incertezas, a decisão de adotar um animal de estimação teve uma ascensão desde 2020. Em São Paulo, a ONG União Internacional Protetora dos Animais (UIPA), registrou um crescimento de 400% na procura por cães e gatos em meio à pandemia. 

A voluntária Gabriella afirma que adoção virou uma opção a partir do momento em que a maioria das pessoas se viu presa e de certa forma sozinha. (Foto: Arquivo Pessoal)

A advogada Gabriella Centurione Scotto é voluntária na ONG Focinhos de Luz e explica que no início da pandemia, em março e abril de 2020, houve um aumento muito grande na adoção de animais que realmente chamou a atenção. “As pessoas precisavam de algo para ocupar a mente e ter um companheiro. Além disso, por estarem mais em casa, poderiam adaptar melhor a chegada do novo bichinho à rotina que temos vivido durante a pandemia”, conta a voluntária.

Em meio a quarentena, a estudante Cynthia Oliveira, tornou-se tutora de Tchalla, um cãozinho que, segundo ela, trouxe vida para a casa. “É uma companhia durante o período de isolamento, e sem dúvidas, a melhor companhia possível.”, explica Cynthia.

Assista e entenda porque Cynthia resolveu adotar Tchalla somente agora.

A estudante contou que adotar um pet sempre esteve nos planos, no entanto, a pandemia impulsionou o desejo. E ressaltou que é preciso ter comprometimento ao adotar. “A pandemia vai acabar um dia, o pet é para sempre. É algo que precisa ser pensado a longo prazo. É preciso ser consciente e responsável”.

Infelizmente, alguns não levam em consideração que um pet requer cuidados básicos como vacinas, remédios, alimentação, espaço, dedicação e paciência. Por isso o abandono de cães ainda é frequente. De acordo com dados da Ampara Animal, houve um aumento de 70% de cães, gatos, entre outros bichos domésticos abandonados no país.

De acordo com a voluntária da ONG Focinhos de Luz, Gabriella, as devoluções continuaram com os mesmos motivos de sempre. “Tivemos um caso de um gato que foi devolvido pois a pessoa alegou que voltou a trabalhar e ele era carente demais. Havia sido adotado em abril e devolvido em novembro de 2020” conta Gabriella.

Principais ações que uma pessoa deve ter em mente ao adotar:

  • Dispor de tempo livre para auxiliar na adaptação do animal.
  • Atenção e carinho – Passeios e brincadeiras estimulam a parte física e psicológica, ajudando a prevenir estresse e obesidade.
  • Castração – Aconselhável quando não se quer um filhote além de evitar a superpopulação e doenças.
  • Vacinação – Previnem doenças graves que podem levar o animal à morte e deve ser feita anualmente.
  • Custos – Alimentação, higiene, acessórios, brinquedos, consultas veterinárias e remédios. 

Ouça quais cuidados a ONG possui para evitar devoluções e abandono dos animais

No Brasil, há pelo menos 3,9 milhões de animais em condições de vulnerabilidade, aqueles que vivem sob cuidados de famílias abaixo da linha de pobreza ou que vivem nas ruas. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Pet Brasil, apenas 172 mil estão alojados em organizações não governamentais (ONGs) à espera de um novo lar. A adoção deve ser um ato de amor, carinho e responsabilidade.

Gabrielle Lopes – 7º período

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