Censo EAD.BR confirma a alta na quantidade de inscritos que utilizam a modalidade

O Censo EAD.BR, realizado anualmente pela Associação Brasileira de Educação à Distância (ABED) mostra que a modalidade de ensino soma mais de 9 milhões de alunos no Brasil. Em meio ao isolamento social, houve um aumento significativo na demanda por cursos à distância. O efeito imediato da pandemia alterou a forma como as pessoas trabalham e buscam conhecimento e fez com que esses novos hábitos adquiridos se tornassem cotidianos. 

Segundo a coordenadora do CensoEAD.BR da ABED, Betina Von Staa, as pessoas passaram a enxergar as aulas online como uma alternativa mais atraente em um momento atípico como o atual, no qual as instituições de ensino encontram-se fechadas para a modalidade presencial. “Durante a pandemia, trata-se da única forma de estudar. Além disso, as pessoas que estão em casa e querem se ocupar, acabam fazendo cursos dos mais variados para fazer bom uso do seu tempo”, afirma Betina. 

O publicitário Gabriel Gomes foi mandado embora da agência em que trabalhava no início da pandemia. Sem muitas perspectivas de uma recolocação naquele momento, procurou por qualificação profissional online, a fim de passar o tempo e adquirir conhecimento. Com a situação de instabilidade econômica na qual o país se encontrava quando a quarentena foi decretada em março deste ano, muitas empresas optaram pela demissão de funcionários, como forma de sobrevivência. O que ocasionou uma alta em 27,6% nos índices de desemprego populacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Após seis meses desempregado, Gabriel conseguiu uma recolocação e conta que os estudos em “After Effects” e “UX Design” cursados de forma remota em meio ao período de isolamento social, foram determinantes na hora da contratação. “Com certeza foi um diferencial, pois pude concorrer a vagas que exigiam qualificações que eu ainda não possuía antes da pandemia”, afirma o jovem. 

Gabriel dá dicas de como se concentrar nos cursos de EAD

O estilo de vida atual, fez com que uma parcela grande da população aderisse à Educação à Distância, em muitos casos, por conta das vantagens que a modalidade oferece, poder estudar onde e quando quiser tornou-se conveniente e prático para o aluno. Nas modalidades presenciais ou à distância, os cursos livres possuem diferentes finalidades, como por exemplo: a qualificação profissional e o interesse pessoal. 

Para Tereza Neves, a pandemia serviu como um pontapé inicial para a realização de um sonho – aprender uma nova língua. A dona de casa de 57 anos deu início às aulas de inglês de forma remota e garante que fez a escolha certa. “Eu vi que já que tínhamos que ficar em casa, poderia aproveitar e fazer o curso de inglês que sempre tive vontade” afirma. Para ela que cuida da mãe idosa e da casa em tempo integral, a modalidade presencial era inviável.

Betina Von Staa, confirma o que Gabriel e Tereza já sabem, que é necessário disciplina e foco para a realização das atividades online. “As pessoas precisam aprender por toda a vida. A única maneira de aprender constantemente é por meio de tecnologia, então, antes de qualquer coisa, a organização é fundamental” completa a especialista.

Gabrielle Lopes – 6⁰ Período