Festival de Teatro Universitário é um evento anual que incentiva a arte
No fim de semana (19 a 22 de setembro), aconteceu a 9º edição do Festival de Teatro Universitário – FESTU, no teatro Nathalia Timberg, na Barra da Tijuca. O evento contou com a presença de jurados renomados da classe artística e grupos de diversas universidades, competindo por prêmios com suas respectivas esquetes e hoje, (26/09) tem votação do júri popular para premiar os selecionados.
O idealizador e Diretor-Geral do FESTU, Miguel Colker, conta que o projeto foi moldado através dos desejos artísticos e pessoais dos jovens e a troca de conhecimentos entre estes à frente de atingir metas pontuais. “A expectativa vai além de saber quantas pessoas estão na plateia. O objetivo é que cada jovem que esteja aqui se inspire com as cenas teatrais”, relatou.
Neste ano, o corpo de jurados foi composto em grande parte por mulheres, sendo a maioria negras. A decisão agradou a atriz Cintia Rosa, que está pela primeira vez na banca. “Eu estou extremamente emocionada pela representatividade. Os atores que estão no palco poderem me ver no júri, uma mulher negra”. A jurada também diz que está satisfeita com o que viu nas cenas e que os grupos trouxeram a realidade do cenário teatral atual – cenas viscerais e verdadeiras sobre a realidade dentro da sociedade.

A ideia de representatividade dentro da produção também agradou aos participantes do evento. A atriz Thayane Abreu, integrante da esquete GRITA!, representante da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), percebeu a evolução do festival durante as três vezes que esteve no FESTU. “No primeiro ano que participamos, a gente não tinha tanto exemplo de representação. Hoje, podemos ver muitas pessoas negras não só atuando, mas também do outro lado avaliando. É um grande ganho do festival”, diz.
O evento fortalece a arte produzida nas universidades e é uma vitrine para atores e público. O fotógrafo Loran Bastos, pela primeira vez no FESTU, afirma que, graças ao evento, quer criar o costume de ir ao teatro. “Me trouxe um sentimento que eu nunca
tive. Ainda mais as peças sobre as raízes negras que foram muito importantes para mim”, contou.
A competição do fim de semana encerrou com a reapresentação dos esquetes finalistas, e, em seguida, a cerimônia de premiações revelando que a cena “Nem todo filho vinga” levou o prêmio de R$30.000 em patrocínio para montar uma peça e também os vencedores das outras 8 categorias.
Segue abaixo a lista de vencedores deste ano:
Melhor Esquete: Nem todo filho vinga (UNIRIO / UFRJ / Martin Penna / Entre Lugares Maré)
Melhor Ator: Luan Vieira – Aquele Filme Antes da Partida (UNIRIO)
Melhor Atriz: Luiza Loroza – Mar Seco que Terra Molhada (UNIRIO)
Melhor Direção: Wellington Fagner – Panchito Gonzales (UNIRIO / Martins Penna / Escola Livre F.A.M.A)
Melhor Direção de Movimento: Palu Felipe – Tem Gente Demais Nessa Merda de Barco (UNIRIO)
Melhor Texto Original: Luan Vieira – Aquele Filme Antes da Partida (UNIRIO)
Melhor Iluminação: Coletivo – Panchito Gonzales (UNIRIO / Martins Penna / Escola Livre F.A.M.A)
Melhor Cenografia: Fabian Gomes – Nem Todo Filho Vinga (UNIRIO / UFRJ / Martin Penna / Entre Lugares Maré)
Melhor Figurino: Angela Molinari – Engasgo (PUC – Rio)
As cenas finalistas voltam hoje (26/09), às 19h, no Teatro Cesgranrio, para a Mostra do Voto Popular e o prêmio de 15 mil reais. A entrada é franca e a torcida é grande.
Lucas Ribeiro – 2º Período | Jornalismo / Colaboradora: Isabella Lutz – 6º Período | Jornalismo