XIX Bienal abre espaço para editoras independentes
A Bienal Internacional é uma vitrine para muitos escritores. A XIX edição apresentou o trabalho de nomes já consagrados da literatura, mas também abriu espaço para editoras independentes e autores autônomos, uma forma de expor obras e alcançar novos públicos. Uma oportunidade de driblar a crise do cenário editorial brasileiro.
A Liga Brasileira de Editoras (LIBRE) também estava presente na Bienal. Com o objetivo de reunir editoras independentes para fortalecer o mercado literário, a LIBRE neste ano aumentou a inserção de seus associados em feiras, por meio de estande coletivo ou inscrição coletiva em condições especiais de participação. “Ser uma editora independente é constantemente lutar para ter sua marca reforçada. Temos a dificuldade da distribuição de livros como um grande inimigo” diz a presidente da Liga, Raquel Menezes.

Grandes marcas possuem estruturas de divulgação e marketing e conseguem uma fatia do mercado face ao trabalho das pequenas editoras. Denise Rocha Mourthé, 47 anos, da Editora Mourthé, entende as dificuldades, entretanto não se rende a eles e busca soluções criativas para se manter. “É muito complexa a distribuição, você não consegue botar seus livros nas grandes livrarias, e as únicas opções de venda são feiras e sites” e também conta que conheceu a LIBRE na Primavera Literária e viu como juntos se tornam mais fortes.
Desde sua fundação, a LIBRE vem consolidando seu papel por meio da presença em debates públicos sobre a política do livro com as demais entidades representativas do mercado editorial e em eventos nacionais e internacionais.
Beatrice Laeber – 4° Período | Jornalismo