Ler o mundo através da arte

O espaço que reúne um acervo de 200 mil títulos, incluindo uma vasta coleção de quadrinhos e livros de arte, amplia horizontes com a exposição “Sala de Leitura”

 Palavra e imagem se unem em exposição na Biblioteca Parque Estadual do Rio, na Presidente Vargas. Foto: Ana Carolina Fernandes

O ato de ler é o tema principal da nova exposição da Biblioteca Parque Estadual do Rio. Em “Sala de Leitura” 20 artistas apresentam obras de técnicas variadas. O evento de inauguração aconteceu na sexta-feira (02/08) e teve a presença do curador Osvaldo Carvalho, da coordenadora Lia do Rio e dos artistas envolvidos.

O curador, que desde 2010 realiza curadorias para o Projeto Vitrine Efêmera, explica que a exposição traz a sala de leitura como um lugar de transformação de um sujeito que busca conhecer e modificar o mundo a sua volta. Elinete Pedro, panfletista, foi alcançada por esse objetivo. “Eu ainda estou refletindo sobre essa aqui”, comenta ela ao se referir a “Os enconados”, um dos trabalhos expostos por João Moura. “Em cada uma das obras você consegue ampliar a sua possibilidade de leitura”, interpreta Ana Maria, professora de artes visuais.

Trabalhos expostos por João Moura. Foto: Ana Carolina Fernandes

“Lectura”, uma colagem feita pela artista Ligia Calheiros, procura desenvolver o pensamento do público através da colagem de revistas e jornais antigos e que durante um período ficou armazenada e sofreu danos, como rasgos. “É uma forma de você ler a imagem em um sentido mais amplo, ou seja, pensar diversas formas de lidar com a leitura de uma obra de arte”, argumenta a artista que já participou de outras exposições coletivas antes.

“Lectura”, da artista Ligia Calheiros. Foto: Ana Carolina Fernandes

“Hecker”, de Miro PS, é um balão constituído de papel vegetal e forrado com notícias de jornais a respeito da influência da tecnologia sob a sociedade. “A ideia principal é de que o balão é algo proibido pois causa incêndio, e tem a ver com a tecnologia no sentido de que somos dependentes e, às vezes, essa dependência leva a vícios”, afirma Miro. O artista atenta para o cuidado que o mundo deve ter na utilização da tecnologia.

 “Hecker”, do artista Miro PS. Foto: Ana Carolina Fernandes

A abertura da exposição teve a performance da artista Isabela Frade, exibindo as formas de lidar com a dor e a resistência às opressões através da solidariedade. A visitação está aberta ao público até o dia 6 de setembro com entrada franca.

Confira a entrevista com o curador e mestre em poéticas visuais, Osvaldo de Carvalho, sobre a ideia para compor a exposição e a importância para a Biblioteca Parque Estadual do Rio:

Ana Carolina Fernandes – 4º Período | Jornalismo

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