Agência UVA Barra assistiu: “Turma da Mônica – Laços”

Foto: Divulgação – Primeiro Plano

Turma da Mônica – Laços leva para as telonas o encanto e o espírito infantil que marcou inúmeras gerações e ao mesmo tempo consegue traduzir todo o amor e carinho que as pessoas carregam na mente sobre esses personagens, desde a criação no final dos anos 50 até os dias atuais. Na trama, Cebolinha (Kevin Vechiatto) tem seu cachorro sequestrado por um homem misterioso e com isso, decidi reunir seus amigos, Cascão (Gabriel Moreira), Magali (Laura Rauseo) e Mônica (Giulia Benitte), para partirem em uma aventura para recuperar o animalzinho de estimação.

Foto: Serendipity Inc | Divulgação: Primeiro Plano

O filme preserva as características básicas de cada personagem sem se tornar algo caricato, podemos perceber isso na utilização do cachorro verde do cebolinha, os dentes da Mônica e sua personalidade forte, são alguns dos elementos que poderiam soar artificiais em tela, mas que graças a uma boa história e uma boa direção conseguem ser retratados de forma bem bacana.

Por falar em direção, Daniel Rezende (Bingo: O Rei das Manhãs) capta muito bem o sentimento da obra original e adapta de forma muito competente a HQ Laços escrita por Vitor e Lu Cafaggi, que serviu de inspiração para o filme, aliado a isso ele consegue preservar as características, por exemplo, utilizando planos mais longos. A opção de colocar a paleta de cores básica de cada personagem da um toque especial a obra.

O roteiro de Thiago Dottori (VIPs) adapta as histórias de forma muito inteligente, ele consegue alcançar uma grande parte do público, desde as crianças até os pais. O filme tem um toque de humor que é coeso dentro da sua proposta, sem apelar para piadas bobas. O fato da história parecer ter o cebolinha como personagem principal pode ser algo inesperado, mas na verdade o foco não esta na história dela mas sim na construção e fortalecimento da amizade das crianças, além do amadurecimento individual de cada personagem.

O ator Paulo Vilhena interpreta o Seu Cebola, pai do Cebolinha – Foto: Serendipity Inc | Divulgação: Primeiro Plano

Destaque para os pais das crianças, interpretados por atores conhecidos do grande público como Paulo Vilhena que faz o pai do Cebolinha (Seu Cebola) e Monica Iozzi que vive a mãe da Mônica (Dona Luisa). Eles estão bem nos seus papeis, mas poderiam ter um pouco mais de participação na trama. Outro que faz uma boa participação é Rodrigo Santoro que vive O Louco, personagem que nos quadrinhos tem uma relação muito engraçada com o Cebolinha e no filme aparece de forma divertida, o ator utiliza muito do humor físico, lembrando até em alguns momentos Jim Carrey em filmes como O Máskara e Ace Ventura. Aliado a isso, a interação criada entre os dois no filme serve tanto como referência para os fãs das histórias em quadrinhos como também da um toque de fantasia para o filme.

O longa traz Rodrigo Santoro como o personagem “O Louco” – Foto: Serendipity Inc | Divulgação: Primeiro Plano

O ponto negativo do longa como já era esperado é o vilão, que apesar de ter um momento em que apesar de ter uma outra camada da sua personalidade explorada, no final das contas não passa de um cara mal que faz coisas ruins. Mas o foco do filme não é esse, o que importa é a trajetória das crianças e como elas vão fortalecer os seus laços de amizade depois de tudo que vão enfrentar.

Turma da Mônica – Laços consegue adaptar os gibis criados por Mauricio de Sousa de forma lúdica e bem humorada. O filme é uma homenagem aos fãs e ao mesmo tempo um despertar para uma nova geração de apaixonados por essa turma.

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Lucas Souza – 1º Período | Publicidade

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