Debate apresenta as novas configurações familiares e alerta para a construção de narrativas plurais
Dados comprovam que a família tradicional brasileira está mudando. Lares formados por casais heterossexuais e com filhos são somente 42% no país. Esse dado é um exponente para o planejamento e criação de produtos que não excluem os outros 58%. O Rio2c sediou nesta terça feira (23) um debate com diretores de criação sobre como a comunicação pode ajudar a dar voz para as famílias que não são vistas normalmente na publicidade.
Os lares brasileiros são 48% comandados por mulheres, a cofundadora da consultoria 65/10 Thais Frabis diz que a comunicação necessita retratar essa pluralidade para protegê-las. “A maioria das casas estão dividido em mãe solo, casais sem filho, famílias homoafetivas e negras, então precisamos garantir que elas sejam aceitas”, declara. Ela termina comentando que as empresas perdem negócios quando não investem nessa diversidade.
Esse posicionamento já é uma cobrança também para as marcar. Para a diretora de criação Denise Gallo a representação na publicidade continua insuficiente. “Houve uma mudança nesses cinco anos quanto a isso, mas ainda é preciso multiplicar essa representatividade”. A palestrante diz que é preciso persistir nessa diversidade para torna-la normal no dia a dia das pessoas.
Vindo de São Paulo para o Rio de Janeiro, a produtora Julia Santos se interessou pelo evento com o objetivo de adquirir experiência. “Vim assistir por ser mulher ativa nessas lutas e foi importante ver como essas profissionais se colocam e como nós, comunicadores, podemos mudar a realidade dos brasileiros”. O Rio2c acontece ate domingo (28) no Cidade das Artes na Barra da Tijuca.
Ana Carolina Marinho – 7º Período | Jornalismo