A visibilidade de jovens talentosos pelas mãos do Jiu-jitsu

O espírito esportivo tem como um dos pilares fundamentais a superação dos próprios limites. A agência UVA Barra esteve presente no Jiu-jitsu Down Festival, um evento de integração social para crianças e adolescentes com Síndrome de Down. O Festival aconteceu, no último sábado (23), na Arena Carioca, Barra da Tijuca e contou com a presença dos atletas Flávio Canto e Léo Leite.
A ideia surgiu a partir de uma parceria entre o projeto SuperAção, com o Sport Jiu Jitsu South American Federation (SJJSAF) e a Secretaria de Esporte e Lazer do estado do Rio de Janeiro para homenagear o Dia Internacional da Síndrome de Down (21/03). Cleiber Maia, Presidente da SJJSAF, ressalta que não há diferença entre seus alunos. “Todos nós temos limitações, pensar que não temos é delírio”.

A iniciativa é ainda mais relevante quando agrega uma proposta inclusiva. O Secretário de Esporte e Lazer, Felipe Bornier, enfatiza que projetos assim tem prioridade. “Pela primeira vez estamos colocando de forma prioritária a inclusão das pessoas com deficiência. Se conseguirmos juntar a prática de exercício com uma atitude educacional podemos mostrar o verdadeiro valor do esporte”. O ex- judoca e fundador do Instituto Reação Flávio Canto comenta que ações como essa tem um valor enorme. “Aprendemos muito mais com eles, do que eles com a gente”, diz.
O atleta Lucas Costa conhecido como “Lucas mão de aço” com a sua mãe após ganhar medalha – Foto: Natália Lisboa O ex-judoca Flávio Canto com atletas durante o Jiu-jitsu Down Festival – Foto: Natália Lisboa
O evento demonstra que a atividade física pode auxiliar no desenvolvimento e motiva pessoas como Eliete Costa, mãe do atleta Lucas Costa, portador da Síndrome de Down. Para Eliete, o Jiu-Jitsu contribuiu com o processo de recuperação do filho após um AVC. “A luta dele por melhora foi toda em cima do esporte, mesmo tendo as limitações. Ele queria e conseguiu até trocar de faixa. ” E assim, aos poucos o Jiu-jitsu ajuda a desenvolver pessoas não só na habilidade motora, mas também no emocional.
Natália Lisboa – 2º Período | Jornalismo