
São 12 horas livres para você poder cometer todo e qualquer tipo de crime, inclusive matar. Esses elementos estão desde 2013 no primeiro filme da franquia “Uma noite de crime”. Para tornar a história verossímil uma pergunta pairava no ar: como um sistema tão bruto poderia ter sido aceito tanto pela sociedade como pelo governo? A resposta vem em “A primeira noite de crime”. Nesse episódio, o objetivo principal é explicar como tudo começou, e como a vida do norte americano se modificou através de um experimento sobre o comportamento humano.
O roteiro volta com praticamente a mesma ideia dos outros longas, é noite de expurgo e é necessário sobreviver, nem que para isso precise matar alguém. Outro elemento comum na construção dessa narrativa é a crítica social que mostra a divisão das classes, enquanto os mais ricos puderam sair do distrito antes, a periferia não teve opções e isso acaba sendo mais perceptível neste filme.
Dessa vez o longa conta com uma nova direção, Gerard McMurray (Código de Silêncio), que traz elementos diferentes para as telas do cinema. O diretor imprime, em muitas cenas de ação, uma narrativa completamente diferente com ângulos e movimentos que poderiam ser facilmente vistos em clipes musicais. O filme também apresenta uma trilha sonora que ajuda a moldar a atmosfera de terror e suspense clássicos neste gênero cinematográfico.
A história é sim repetitiva, traz poucos elementos novos, mas ainda assim tem sua essência intrigante, principalmente por mostrar tantas características humanas e sociais, tanto as boas quanto as ruins, vistas hoje no mundo inteiro, mostrando o bem e o mal dentro de cada personagem. Prepare sua máscara e sobreviva, o filme chega em cartaz no dia 27 de setembro nos cinemas brasileiros.
Ana Carolina Soares – 6º período