
Denzel Washington está de volta como o protagonista de O Protetor 2. A história de Robert McCall, iniciada no primeiro filme de 2014, também é baseada em série homônima da década de 1980 e narra a trajetória do ex-agente secreto tentando recomeçar a vida, mas logo se vê envolvido em uma trama de interesses e conflitos.
O segundo filme aprofunda um pouco mais as relações do protagonista com as pessoas do dia a dia. O personagem demonstra preocupação social com a vizinhança e precisa conciliar alguns motivos pessoais com a necessidade de proteger aqueles que acabam se envolvendo em suas histórias. Da reconstrução de um jardim até proteger uma vida, lá está Robert salvando o dia. A produção foge de um estilo épico com cenas inverossímeis e mantém-se realista, porém ainda interessante.
O longa tem direção de Antoine Fuqua e o roteiro de Richard Wenk, a dupla conduz a história de forma agradável durante todo o filme. Diálogos inteligentes, com um toque de humor e ironia, funcionam como alívios para as sequências de ação que surgem na tela a todo momento. Duas grandes reviravoltas movimentam as peças e reorganizam o tabuleiro do Sr. McCall — assim chamado por Milles, um garoto que desperta seu lado paterno.
Denzel Washington consegue mais uma vez demonstrar seu talento através de uma atuação que não deixa a desejar. Oscilando entre as nuances do personagem, o ator cativa, principalmente nos momentos mais humanos no filme. O que é visto é uma história que vai além da sede de justiça e transita também por um lado heroico e sem sangue nas mãos.
Junior Almeida — 3º período