Cidade das Artes abre espaço para shows, inovação e criatividade

Rock, MPB, samba, jazz, funk, rap, hip hop. A música está presente no cotidiano da sociedade com diversos ritmos. Um movimento que consegue unir todas as tribos com um equilibro de sons e silêncios, como uma forma de expressão de um povo. O Rio2C, maior evento de inovação e criatividade da América Latina, aderiu esse tópico na programação. A conferência foi entre os dias 3 e 6 de abril, com palestras sobre marketing, audiovisual e debates sobre universo musical. Já o fim de semana contou com o Festivália, que reuniu vários cantores no palco da Cidade das Artes.
Essa interação musical foi ideia do organizador Rafael Lazarini, que participa do Rio2C há 7 anos, com o intuito de mudar e expandir o público alvo. “Eu queria renovar a cara do evento, queria que fosse algo gigante. A maior mudança foi a área musical com festivais e debates”, comenta. Ele ainda enfatiza que o tempo de produção foi o desafio desta edição. Uma vez que as programações foram reajustadas, em um período de sete meses, para atingir novos grupos.
Dentro essas novas mudanças, o cronograma foi criado com o objetivo de ensinar e debater os novos modelos de monetização, as plataformas promocionais e as estratégias de lançamento. Uma maneira de ampliar o cenário da música contemporânea para os executivos, empresários e artistas. O Zé Ricardo foi o escolhido para ser o curador dessa área, chamado pela grande experiência musical. “É a primeira vez que a indústria musical tem um ambiente diferente para essa troca de ideia entre os profissionais”, avalia.
O espaço para o debate que envolve criações musicais, entretanto, não é exclusivo para esse determinado público. O intérprete de inglês e espanhol Ivan Gouveia, responsável pela tradução das línguas estrangeiras durante as Conferências, aproveitou os últimos dias para curtir o Festivália com os shows das cantoras Tulipa Ruiz e As Bahias e a Cozinha Mineira. “Está sendo bastante atrativo com diversas atividades interativas e dando oportunidade para os talentos musicais que estão surgindo”, acrescenta.
Outros artistas também fizeram parte do repertório entre sábado e domingo. Uma delas é a rapper curitibana Karol Conka que cantou algumas músicas do primeiro álbum dela. Para Zé Ricardo esses festivais são fundamentais porque podem investir na área de turismo do Rio de Janeiro. “ Eventos como esses mexem diretamente com a economia criativa em geral”. Já para o próximo ano o intuito é triplicar as produções e estimular os artistas novatos. “ É um projeto que ainda precisa ser melhorado, ser construído, mas já estou apaixonado por essas novas possibilidades. ”, conclui.
Giovanna Faria, 6° período e Isabelle Amancio, 5° período.