Público lota 1° Feira Nacional do Podrão, na Tijuca

Figura já conhecida da noite carioca, o “podrão” – aquele lanche de rua, normalmente farto e barato – ganha um espaço dedicado a ele. No último fim de semana, ocorreu a 1° Feira Nacional do Podrão, que reuniu barraquinhas de comida dos mais variados bairros da cidade. Mesmo sob o forte calor, o público compareceu e fez extensas filas na calçada da Rua Morais e Silva, na Tijuca, para tentar experimentar ao máximo.
A ideia de criar um festival dedicado a esse estilo, pouco lembrado da gastronomia, iniciou com as amigas Natália Alves e Suzana Malta. Juntas, elas mantêm o blog “O que fazer no Rio”, que por sua vez tem uma ramificação chamada “Onde comer no Rio”. Lá, descrevem experiências próprias, que vivem pela cidade, desde turismo a bares e restaurantes dos mais diferentes gostos.
Essa mesma diversificação foi lembrada durante a organização do evento. O público pôde se deliciar com a Batata Frita Carioca, de Marechal Hermes; o Pastel do Alê, de Madureira; o açaí do M.M Sabores, de Rocha Miranda, além de muitos outros. De acordo com Natália Alves, mesmo com o “boom” de uma alimentação considerada gourmet, o carioca não abandonou a clássica comida de rua. “A ideia partiu da necessidade que o povo tem de preços mais acessíveis”, explica.
Os baixos valores das comidas, de fato, acabaram por atrair o público. A página da feira nas redes sociais chegou a contar com 65 mil interessados, o que, por consequência, lotou espaço poucas horas após o início. Natália reconhece os problemas, mas alega que a prefeitura não tinha tempo hábil para mudar o local. “Não fizemos muita propaganda. As mídias que procuraram a gente ao ver a proporção do evento”. Diante do sucesso dessa primeira edição, ela já planeja uma segunda a ser realizada ainda esse ano. “Talvez no terreirão do samba ou até no Maracanã”, brinca.
Lucas Motta, 6º período