Evento enaltece a importância da pesquisa acadêmica para o futuro dos jovens

Em uma universidade, a pesquisa científica é um assunto tão importante quanto os temas sobre mercado de trabalho, contudo acabam ficando em segundo plano. Na contramão desse senso comum, o curso de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida resolveu dar visibilidade às pesquisas acadêmicas que estão sendo realizadas. E foi pensando assim que a Prof. Michele Cruz organizou o Primeiro Seminário de Iniciação Científica da UVA Barra, no último dia 29.
O evento teve como objetivo mostrar as pesquisas do Campus Barra e também suscitar o interesse dos demais estudantes pela pesquisa acadêmica. Vários professores e alunos puderam compartilhar um pouco dessa experiência. A Prof. Ediana Avelar, que ministra Marketing na faculdade e que também organiza um trabalho do PIC UVA, contou a sua experiência: “Universidade tem que produzir ciência, novos saberes. O aluno vai perceber em uma pesquisa científica que a evolução da nossa intelectualidade passa pela curiosidade e pela experimentação”, afirma Ediana.
Os trabalhos do PIC UVA desse ano serão apresentados em novembro, no Campus Tijuca. Bárbara Faria e Vanessa Cassidy, alunas de Jornalismo e Publicidade respectivamente, são autoras de um dos projetos que ainda está em desenvolvimento. Guiadas pela professora Ediana, elas pretendem exibir uma pesquisa sobre a polarização política na internet durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Para Bárbara, é uma chance de conseguir experiência. “Eu queria fazer algo diferente que pudesse valorizar meu currículo. Enviei os dados sem acreditar que fosse ser escolhida e agarrei a oportunidade”.

As universitárias Carolina Simões e Isabelle Amancio já passaram por todo o processo e agora puderam compartilhar um pouco da experiência que tiveram no ano passado. O projeto delas, cujo tema é Ciberativismo Feminista nas redes sociais, ficou entre os oito melhores de 2010 apresentados no Campus Tijuca em 2016. Para Isabelle, o reconhecimento da pesquisa não foi o único benefício. “Para começar, me trouxe um vasto aprendizado. Conheci o feminismo e suas fases, as variações e o ciberativismo, além de passar adiante o conhecimento adquirido”. Os alunos participantes também ganham uma bolsa da PIBIC de R$ 400,00 reais para auxiliar na continuação do desenvolvimento do estudo.

Por outro lado, não são somente os estudantes que se beneficiam durante o processo da iniciação científica. Para a professora Michele Cruz, o PIC UVA estende o contato do professor com o aluno, além da sala de aula, oferecendo a chance ao docente de conhecer as potencialidades dos estudantes, de fazer uma troca de conhecimentos e fugir um pouco dos métodos da tradicional educação de massa. “Educação sem uma conexão entre aluno e professor não existe, principalmente hoje quando estamos na era da experiência, na era da integração”.
Entretanto, de todas as vantagens compartilhadas por universitários e docentes, há um tópico que é o objeto principal das pesquisas científicas: o futuro acadêmico e profissional dos alunos. “O pesquisador começa a despertar para uma área que vai ajudar na monografia e que vai levar para a educação continuada – a pós-graduação”, afirma Michele. Ainda assim, não para por aí. Muitas vezes, o estudante leva o tema para vida dele, muda os enfoques, atualiza as épocas, traz atualizações, até se especializar na área para, então, se tornar uma referência.
Tayane Fernandes, 6º período e Lucas Motta, 5º período.