Feira de Sustentabilidade na UVA reúne empresas e projetos para conscientizar sobre vida saudável e o meio ambiente

Natureza, reciclagem, cultura, música, artesanato, dança, arte e poesia. Tudo isso estava presente na II Feira de Sustentabilidade da Universidade Veiga de Almeida (UVA) do Campus Barra, nesta quarta-feira (20/09). O objetivo de juntar pessoas e empresas que se importam com o meio ambiente e querem apoiar as causas foi perceptível no cronograma, que iniciou às 8h e terminou às 21h30, com palestras, workshops, estandes e atividades culturais.
Um dos estandes foi o Jardim de Joá – Centro Cultural e Espaço de Educação Infantil – que busca aproximar as crianças da natureza. Apoiam uma alimentação ovo vegetariana e proporcionam experimentação com linguagens corporal, lúdica, científica, plástica, cênica, musical, lógico matemático, escrita, oral e intra-inter relacional. Segundo Catarina Lozinsky, uma das fundadoras e professoras do Centro, é uma experiência única que resulta em um ótimo desenvolvimento para os mais novos. “Esquecemos que somos seres naturais. A criança consegue achar sua conexão com o meio ambiente de forma natural”, declara.
Essa conexão com a natureza também faz parte da vida da artesã de 57 anos, Creusa Reis, que por meio de materiais recicláveis, como pratos quebrados, garrafas de vinho e de cerveja, expressa sua arte. “Utilizo apenas materiais que iriam para o lixo e assim posso reaproveitar” enfatiza. Esse trabalho é realizado há mais de quatro anos, faz parte do projeto “Arte Sem Fronteira” e tem parceria com a UVA, sendo coordenado pelo professor Tirlê Cruz. Por não ter tido uma oportunidade de entrar para uma faculdade, Creusa afirma que iniciar essa arte aumentou sua autoestima. “Antes dos meus cinquenta anos não sabia o que era trabalhar por amor, hoje sinto tesão”, brinca.

Para a professora do curso de Psicologia e coordenadora da Feira de Sustentabilidade, Maria de Lurdes Domingos, os projetos e as empresas que participaram do evento são distintos e, aparentemente, antagônicos, mas com o ponto em comum de cuidar do ser humano, da energia, das plantas e dos animais. “ Sustentabilidade não é apenas algo restrito ao meio ambiente, está relacionada também com os eco humanos, ou seja, cada um de nós”, avalia. A psicóloga também acredita que ao levar a feira para a universidade, os alunos possam desenvolver novas formas de melhorar o mundo. “Quero que seja um lugar de geração de conhecimento em que todos participem”.
Quem também concorda é a aluna de jornalismo Bruna Barros, de 19 anos, que percebe a importância do evento para sua carreira e vida pessoal. “É uma maneira de conscientizar as pessoas a serem mais saudáveis e se importarem mais com o planeta em que vivem “, analisa. Para ela, poder ter contato com empresas e pessoas que apoiam a causa foi uma experiência única. “Saber mais da história das pessoas e como elas se envolveram foi muito interessante. As comidas orgânicas eram muito gostosas também ”, elogia.
No ponto de vista educacional, Lurdes reforça que é necessária a participação dos estudantes, entretanto, alguns ainda não demonstraram interesse em conhecer e entender sobre sustentabilidade. “Eles sabem que é um assunto importante, mas ainda não despertaram atenção para isso”, reclama. Com a ideia inicial de ser voltado apenas para o curso de Psicologia, o plano de expandir a feira continua, já que segundo a professora, essa área permite interdisciplinaridade com outros cursos.
Giovanna Faria, 5º período, Isabelle Amancio, 4º período.