Usos alternativos renovam a tradição do Dia Nacional do Café

Grão pode ser utilizado em produtos que vão desde doces até cosméticos

O Brasil é o segundo país que mais consome café no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos; então, não é para menos que essa bebida recebeu o próprio Dia Nacional: 24 de maio. Segundo estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC) a área faturou mais de R$23 bilhões em 2022, aumento notável em relação aos R$15,2 Bilhões de 2021.

Porém, os usos do grão não se restringem somente à tão famosa bebida quente. Há quem explore novas possibilidades de incluir o café em sua vida — como a empreendedora do ramo de doces Simone Mussalem, de 38 anos. Simone é doceira há nove anos, e após ouvir os pedidos da clientela, lançou opções cafeinadas.

Massas de bolo, recheios e brigadeiros são alguns dos produtos que levam pó de café na composição — e que Simone recomenda como acompanhamentos para uma xícara cheia.  “São os ‘xodózinhos’ das mães, mas normalmente as crianças não são muito chegadas”, brinca a profissional.

As cafeterias e restaurantes são parte do setor de serviços (ou setor terciário) da economia — que fechou o mês de março deste ano com a criação de pelo menos 122 mil vagas de emprego. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e consideram apenas os trabalhadores formais.

E foi do emprego em cafeteria, como barista, que surgiu a inspiração para o trabalho do hoje designer, bordadeiro e fundador da própria marca de roupas, Douglas Teixeira. Douglas trabalhou por cerca de quatro anos torrando e servindo café. E essa experiência, junto de sua própria paixão pela bebida, o instigaram a relacionar o café e a moda em seu Trabalho de Conclusão de Curso. 

Unindo também ao projeto ideais de sustentabilidade, Douglas se voltou para o tingimento natural — usando os grãos e galhos da planta de café no processo. 

Ouça um pouco do processo de pesquisa de Douglas no seguinte áudio:

Atualmente com sua marca, “1985 d.D”, Douglas busca fomentar os fazeres manuais e a cultura brasileira, sem esquecer das origens do negócio. “Hoje a confecção das peças é feita em Muzambinho, sul de Minas, que também é uma cidade rodeada de fazendas cafeeiras”, explica o designer.

Confira abaixo algumas das peças tingidas à base de café:

O uso do café de novas maneiras é também o objetivo de Thamyres Clarice, trabalhadora autônoma na área de cosméticos artesanais. Thamyres vende sabonetes, hidratantes e velas aromáticas, começou a perceber a demanda do seu público. “Já me pediram para fazer produtos com o cheirinho do café”, afirma a empreendedora.

Ainda que esse seja um projeto futuro, Thamyres já estuda maneiras de inserir nos cosméticos o cheiro cafeinado — do qual também é fã assídua. “Sou fissurada por café, em qualquer pausinha que tiver eu tomo”, admite a artesã.

Pedro Lima – 4° Período

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