Ação conjunta pode salvar mais de 350 vidas
Na última quinta-feira, 18/05, o “Trote Solidário” marcou o Campus Barra da Universidade Veiga de Almeida. O evento foi realizado com o objetivo de incentivar a doação e abastecer os bancos sanguíneos que servem de distribuidores para os hospitais da rede pública de saúde do Estado do Rio de Janeiro. Ao todo, 91 bolsas de sangue foram coletadas e 112 pessoas cadastradas.
Adriana Azevedo, aluna do 2° período do curso de Direito foi a primeira doadora do dia logo pela manhã: “Foi a primeira vez que eu doei. Eu vim fazer a minha parte e muita gente deveria vir também. Não dói, não demora e com uma bolsa você pode salvar 4 vidas”, afirma a estudante.
Maria Eduarda Gomes é aluna do 4° período de Medicina Veterinária e realizou a doação pela 2° vez. No áudio abaixo ela explica o principal motivo que a incentivou a essa prática:
Claudiana Santos sempre teve vontade de colaborar mas faltavam oportunidades. “Minha filha é aluna do curso de Enfermagem, então aproveitei e vim participar da campanha”. A filha, Maria Eduarda Teixeira está no 1° período da graduação e fez parte da equipe de monitores que trabalhavam no trote solidário. A estudante comenta que o processo de incentivo foi bem tranquilo devido a grande vontade da mãe. “Quando eu falei sobre o evento, ela ficou super ansiosa e feliz com a oportunidade e ficou muito orgulhosa do seu ato durante o dia. Espero que no próxima eu consiga chamar mais pessoas, e que nós consigamos atingir um número próximo a 150 bolsas de sangue”, afirmou a aluna.
Além de Maria Eduarda, Matheus Cunha também fez parte do time de voluntários do curso de Enfermagem que realizou a ação. O estudante do primeiro período comentou sobre a oportunidade de vivenciar uma experiência como essa: “Isso é o início de algo que nós vamos perdurar por toda a carreira. Para nós que ingressamos na área da saúde poder estar próximo dos pacientes é gratificante”, afirmou Matheus. Além de colaborar com seu trabalho, o estudante indicou o seu sogro para fazer a doação. Sebastião Moreira é encanador industrial e doa sangue frequentemente. “Doar sangue é como doar uma alma para outra pessoa, não se deve vir só para falar que fez. É uma atitude que você faz com o coração, não tem preço” afirmou Sebastião.
Segundo o hematologista do Hemorio Odilon Valle, uma das dúvidas mais frequentes é sobre a idade máxima e mínima que pode se realizar a doação: “Pessoas com mais de 60 anos podem realizar a doação se já tiverem doado antes. Caso o cidadão tenha mais de 60 anos e nunca doou sangue, infelizmente não poderá. Menores de 16 anos também estão aptos para compartilhar o sangue em caso de autorização do pai ou da mãe e presença de um documento deles no momento da ação.”, afirmou o doutor.
Segundo o médico, a demanda necessária para abastecer os hospitais públicos é maior do que a existente nos bancos de sangue Fluminense. No áudio abaixo, Odilon traz números para exemplificar a importância de ações externas como esta para a saúde do Rio de Janeiro:
No 4° período de Medicina Veterinária, Vitória Azevedo realizou a doação pela primeira vez. Segundo ela, não tinha colaborado anteriormente devido às tatuagens que faz frequentemente. De acordo com os requisitos necessários para realizar o compartilhamento sanguíneo, o cidadão não estará apto se tiver feito uma tatuagem nos 6 meses anteriores ao dia da doação. O calouro do curso de Direito, Rodrigo de Oliveira, também foi pela primeira vez participar da campanha, e afirmou que não tinha feito antes devido a falta de informação correta para os requisitos obrigatórios: “Eu achava que não podia doar por ser magro demais”, afirmou o aluno.
Confira abaixo alguns dos pré-requisitos necessários para doação de sangue:
- . Pesar mais de 50kg
- . Não estar em jejum
- . Evitar alimentos gordurosos no dia
- . Não ter consumido bebida alcoólica nas últimas 12 horas
- . Não ser usuário de droga
- . Possuir bom comportamento sexual
O evento é organizado pelo curso de Enfermagem, e a coordenadora Lidiane Reis comenta que além de salvar centenas de vidas, o trote é importante para agregar os acadêmicos e transformá-los em melhores profissionais da saúde. No vídeo abaixo, Lidiane fala como a Universidade pode colaborar com a comunidade:
Igor Concolato – 3° período