Palestras sobre o Transtorno do Espectro Autista marcam o abril azul
No último dia 17 de abril, aconteceu o segundo Simpósio sobre diversidade e inclusão, organizado pelo curso de psicologia, no auditório da Universidade Veiga de Almeida . O evento marca o mês azul, da conscientização do aspecto autista, e contou com diversas palestras sobre o tema.
A conscientização é importante para o debate. Por não se tratar de uma doença, mas um transtorno neurológico, cada pessoa é diferente. Em muitos casos, o diagnóstico já vem na infância, mas não é incomum receber na fase adulta.
Sabrina Lasevitch descobriu na graduação de psicologia que tem TEA. A aluna, que está no 4º período, disse que o diagnóstico foi uma surpresa e que trouxe mudanças positivas para a vida. “Aprendi a entender meu corpo e respeitar meus limites como nunca havia feito antes. Ainda, o fato de estar em uma faculdade de psicologia facilitou bastante todo o processo, tanto na busca por profissionais capacitados, quanto nos meus próprios estudos sobre o autismo”.
Por isso, eventos como esse, é necessário para que a área da saúde possa buscar mais informações e conhecimento para melhor avaliação e atendimento. Mariana Reis, psicóloga, explica como o profissional deve trabalhar as habilidades do paciente de ter autonomia no dia-dia. “Trabalhar um paciente autista, de nível leve, ajuda a melhorar as habilidades, a compreensão da diferença e a melhorar ou organizar aquilo que já sabe, porque ele já sabe de alguma coisa”.
Confira o áudio abaixo, da psicóloga Mariana, sobre a relação dos pais e a autonomia dos filhos autistas.
O evento contou também com o depoimento do aluno do 7º périodo, Eduardo, pai de um menino autista. Para ele, um diagnóstico estruturado e bem feito é importante e útil para esse sujeito, e, consequentemente, para sua família. “O diagnóstico do autismo, na verdade, é um desafio, principalmente para a esfera social e economicamente menos favorecida. É preciso observar o comportamento do paciente e analisar informações coletadas com as pessoas que convivem com ele, com o auxílio de questionários”,afirma.
Amanda Ribeiro, aluna de psicologia, do campus Tijuca, acompanhou as palestras, com o intuito de entender sobre o TEA e para clinicar no futuro. “Eu queria muito entender melhor sobre o transtorno do autista, porque eu tenho um primo de cinco anos que ele é autista, e eu queria conhecer melhor pra poder saber mais do assunto”, afirma.
Respeito, aceitação e acolhimento são palavras que devem ser colocadas em ação para pessoas do espectro autista e seus familiares.
Vinicius Zakhm – 7° período