“Terrifier 2” chega aos cinemas brasileiros, após uma passagem controversa nos Estados Unidos, com a notícia de registros efusivos de pessoas que passaram mal e fizeram relatos nas redes sociais, além da cobertura de portais especializados, como Insider e Screenrant, enfatizando o teor da violência e o impacto do filme como um todo. O longa de Damien Leone teve orçamento inicial de $250 mil dólares e já faturou, de acordo com o site especializado no assunto, Box office Mojo, $11,923,48 dólares na estreia, um valor considerável ao projeto limitado.

Foto: Divulgação
Após ter sido ressuscitado por uma entidade maligna, Art, o Palhaço (David Howard Thornton), volta a assombrar os indivíduos na noite de Halloween. O vilão concentra as atenções em uma adolescente (Laura LaVera) e o irmão mais novo (Elliot Fullam) que passam a conviver e serem assombrados com o horror inexorável praticado pelo palhaço. Os irmãos seguem uma saga para se manterem vivos ao passo que as vítimas começam a se multiplicar.
Esta é a terceira participação do personagem em longas metragens, os outros dois projetos sendo a antologia All Hallow’s Eve (2013) e Aterrorizante (2016). Esse é o filme mais ambicioso tanto em termos técnicos, onde se pôde confeccionar efeitos práticos realistas, ter ambientes, figurinos e objetos de cena com detalhes variados e uma captação de imagens mais apuradas que destacam com maior ênfase a estética da obra.
As ambições do roteiro em amarrar acontecimentos de obras pregressas, como do longa de 2016, porém com a ênfase em narrar o temor e os sentimentos dos irmãos em relação ao assassino e o sentimento que eles têm em relação ao pai que deixa um legado de ser o elo entre eles e palhaço assassino. O filme não foge da dinâmica entre o conflito central do protagonista com o antagonista central, mas tem como passaporte principal a forma como os homicídios praticados por esse vilão são realizados.
“Terrifier 2” não mede excessos na transposição de violência que se acumula nas mais duas horas. O tom do longa está na renúncia ao realismo pela dramaturgia que abraça absurdos, destaca cenas de sonho, e contém atuações excessivas de todo elenco. A obra tem como cerne o incômodo, a morte, o grotesco. Ao dispor destes elementos, a repulsa e o desconforto podem ser iminentes para uma parcela dos espectadores.
Cercado de comentários múltiplos, controversos e legados na bilheteria, chega a vez dos espectadores brasileiros serem confrontados e colocados à prova pelos feitos de Art, o Palhaço, a partir do dia 29 de de dezembro.
Assista ao trailler!
Márcio Weber – 1° período