Agência UVA Barra Assistiu: SOL

O drama por meio de uma jornada. “Sol” longa metragem dirigido por Lô Politi traz à tona conflitos familiares, mágoas, problemáticas de relacionamento que passam a ser explícitas à medida que os personagens centrais precisam fazer uma viagem não planejada e tem o relacionamento posto à prova.

Foto: Divulgação

Theo (Rômulo Braga) é divorciado e passa um momento de reaproximação com a filha nas férias de trabalho e passa os dias com ela até receber a notícia que o pai se encontra no estágio terminal de vida. Ao descobrir que é o único familiar responsável pelo pai, se vê na necessidade de ir ao encontro do mesmo e para essa viagem tem de levar a filha. O relacionamento forçado com Theodoro (Everaldo Pontes) e o convívio próximo com Duda (Malu Manfrim) vai reservar conflitos, dúvidas e provações.

O desenvolvimento do filme está vinculado com a trajetória psicológica de Theo como personagem, entre situações que reforçam o comportamento do protagonista em relação ao espectador e para isso o roteiro constrói situações para evidenciar a personalidade do protagonista em relação a responsabilidade de ser filho e o dever de ser responsável em relação ao pai, apesar do relacionamento conflituoso entre ambos. Apesar da delimitação dos conflitos do filme, a narrativa contém situações inverossímeis e o desenvolvimento melodramático acentuado.

A fotografia tem tonalidades amareladas e aproveita cenários dos cenários exteriores e das locações geográficas onde o filme passa, como estradas, água do mar, vielas e bairros. O rosto dos atores também está em foco de forma constante para enfatizar um tom dramático e psicológico dos personagens.

O longa utiliza de uma trilha musical melódica e de tom dramático e reforça momentos dramáticos e emotivos da trama,  o recurso tende ao excesso. O filme apresenta a música “Recairei” de Os Barões da Pisadinha que é utilizada em uma cena de descarrego emocional

O filme conta com participações de um elenco de apoio que aparece de forma pontual. Porém o maior tempo de tela e desenvolvimento narrativo situado pelo trio de protagonistas Rômulo Braga, Malu Manfrim e Everaldo Pontes ao compor o maior tempo de tela e estarem envolvidos de forma direta nos acontecimentos atrelados ao filme. Os atores apresentam performances expressivas e de forte carga dramática

“Sol” é um drama clássico que usa das convenções dos filmes de viagem, isto é, os conflitos anteriores à viagem, as descobertas e revelações e uma mudança significativa na vida de todos os envolvidos. É uma obra que busca a reflexão e a emoção e pode impactar de forma emocional o espectador, contudo a falta de verossimilhança e o desajuste do tom narrativo podem atrapalhar a experiência. 

O filme estreia nesta quinta-feira, 8/12. Confira o trailler:

Márcio Weber – 1° período

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