O evento que aconteceu no Parque do Flamengo, reúne diferente grupo de pessoas para falar sobre o mercado de trabalho digital  

O Museu de Arte Moderna recebeu, nos dias 19 de outubro e 22 e 23 de outubro, o HackTudo, maior evento de cultura digital do Brasil. O encontro, que reúne profissionais de diferentes áreas para falar sobre novas tecnologias, inovações, diversidade e o futuro da comunicação, foi constituído por palestras, além de 4 diferentes workshops. Entre os assuntos de maior destaque deste ano esteve a nova era digital, o futuro do trabalho, universos virtuais, dados e produtos, diversidade.

O CEO e fundador do Hacktudo, Bruno Parodi, contou sobre como o evento foi voltado para pessoas que querem entrar no mercado digital. Segundo ele, foram separadas diversas reuniões para dar visibilidade e apoiar comportamentalmente essas pessoas que estão chegando a obterem mais sucesso na área de trabalho tecnologica. “Nós esperamos que as pessoas saiam desse evento mais preparadas para decidirem que caminho que elas irão tomar. Eu fico muito feliz em poder fazer parte de tudo isso, e caminhar junto com esses jovens que estão tendo a oportunidade de ter o que eu não tive na minha época”, expõe. 

Um dos destaques do Hacktudo são as palestras feitas por profissionais da era digital. Uma delas foi a “times de dados vs times de produto: como não matar o outro e entregar projetos incríveis”. O bate papo mencionou como já existem empresas que conciliam grupo de dados e produtos a trabalharem juntos. De acordo com a  jornalista Ana Carolina Caliópo, dentro do jornalismo esses dois times já estão ligados para desenvolver soluções e criar novas experiências. “Os grupos trazem uma demanda para organizar e resolver o mesmo problema, por mais que sejam de áreas destintas”,  comenta. 

O idealizador e diretor do Hacktudo, Miguel Colker explicou algumas novidades que ocorreram nos dias 22 e 23, que foram abertas para o público. Segundo ele, existiu uma exposição de experiência de realidade virtual de fotografias que foram feitas em 2012 e também ocorreu uma instalação de céu de placas onde as pessoas poderiam escalar e ter a concepção de que a sociedade precisa dominar a tecnologia. “Nosso objetivo é aproximar as pessoas de novas tecnologias e inovações através de atrações culturais divertidas, que possam gerar reflexões que a gente acredita como a importância de dominarmos a tecnologia e refletirmos sobre inteligência artificial”, manifesta.  

Veja um trecho da entrevista com Miguel:

Além de palestras e workshops, o evento contou também com dois painéis inovadores. Um deles mostra o artista plástico recifense  Jota Azevedo, que utiliza o lixo eletrônico como  fonte de matéria prima para  a  criação de esculturas. Ele  participa do festival desde 2019 com criações inéditas. Jota iniciou a carreira modelando personagens com diferentes tipos de massas, enquanto trabalhava como designer em uma empresa. Acabou observando o descarte excessivo das peças eletrônicas, foi aí que surgiu a ideia de transformar esse material em arte. “Recebo  doações de descartes eletrônicos para dar vida às minhas criações e com o tempo passei a entender que a manifestação artística acabava por  influenciar meu público. Então, fui percebendo que o meu trabalho causava impacto e transformava as pessoas. Compartilho essa arte para que elas modifiquem também esse resíduo em algo útil”, declara. 

A 42 Rio é uma escola que pretende formar engenheiros de softwares e chama atenção por não contar com professores, livros e aulas convencionais. Thais Sousa e Mateus Pinna são formados em psicologia  e engenharia civil respectivamente. No entanto,  acabaram se aventurando no universo tecnológico e hoje são alunos da  instituição. Para Mateus a escola é como uma ponte que  interliga  diferentes pessoas com o intuito de aprender cada vez mais sobre novas tecnologias. “Graças ao mercado de trabalho digital, e a ajuda do processo seletivo que obtivemos, conseguimos chegar onde estamos até hoje”, comenta.

Gabriela Machado 5° período
Ana Júlia Queiroz – 7º período