A realidade dos passageiros no BRT

A rotina   de  quem precisa do veículo para  se locomover é cheia de desafios. 

O BRT, possibilita por meio  da cobrança de tarifas  o deslocamento  de pessoas para diferentes bairros da cidade em um período menor de tempo que um ônibus tradicional. E tem sido uma parte fundamental na rotina de inúmeros cariocas que precisam dele por diversas razões. No entanto, os viajantes vêm enfrentando muitos desafios durante o trajeto.

O analista de marketing Vinícius Borges utiliza esse meio de locomoção para ir trabalhar.  Segundo ele, é uma rotina desconfortável, arriscada e estressante. Além disso,  ainda é preciso conviver com a sujeira nos vagões deixada pelas próprias pessoas. O jovem observa que muitos jogam os resíduos no chão ou  deixam entre os bancos. Vinícius acredita que alguns pontos devem ser melhorados: “Logística e gestão pública para alinhar a demanda com a entrega do serviço”.

Vinícius fala dos desafios com o transporte público, confira o vídeo.


A estudante de moda Mariana Sancho utiliza o transporte público duas vezes na semana para chegar à universidade. Sobre essa rotina com o veículo ela considera como caótica. “Quando eu consigo sentar é ótimo, quando não os BRTs vêm muito cheio”, declara.

Conta ainda,  que no terminal de BRT do bairro Sulacap, existe uma fila  que pretende ordenar a entrada das pessoas no coletivo.  Mas  na tentativa de   conseguir algum conforto na viagem  e irem sentados os passageiros acabam se empurrando.   Recentemente,  a estudante teve a oportunidade de  experimentar o modelo Semi Direto  que inclui uma menor quantidade de paradas nas estações e   observou a presença de um fiscal de fila e uma melhor  organização na entrada dos passageiros. 

 A estudante fala sobre as possíveis melhorias no BRT.  Ouça no áudio abaixo: 

O motorista Roni da Silva Ribeiro trabalha com o BRT há 10 anos, com atuação em vários trajetos. Hoje ele segue na linha 19: Pingo D’ Água X Salvador Allende. Ele revela que tem sido muito difícil lidar com a impaciência dos passageiros e com o vandalismo, já que muitos passageiros forçam as portas e destroem o dispositivo de fechamento delas.

“Quando nós tentamos argumentar que não podemos viajar de com as portas abertas pois é perigoso, muitas vezes somos ameaçados”

Roni da Silva Ribeiro

O condutor explica que a principal razão de acidentes envolvendo os vagões ocorre pela imprudência dos motoristas de carros de passeio que invadem a pista exclusiva ou até mesmo quando não respeitam o sinal de trânsito. Com a chegada dos novos articulados previstos para serem entregues até 2023, ele possui esperança de que tudo venha melhorar. Pois no novo modelo do transporte a cabine do motorista é segregada e a comunicação com os passageiros será realizada por meio de um microfone. 

Em nota a MOBI-Rio informa que: “Os articulados passam por limpeza diária e são dedetizados periodicamente. Além disso, são feitas campanhas nas redes sociais para que os passageiros não joguem lixo no chão dos ônibus nem das estações.   A Secretaria de Transportes (SMTR) realizou licitações em abril e maio deste ano para a aquisição de 291 veículos para o sistema, sendo 220 articulados e 71 ônibus.

Criado em 2012, o BRT Rio sofreu bastante em razão da falta de investimentos  e com a violência.  Pelo fato de ser um transporte  que demanda um alto custo de  manutenção  com  a  pandemia  foram fechadas 46  estações  das 126 existentes na cidade do Rio de Janeiro.  

Gabriela Machado – 5° período 
Foto de Capa foi pela estudante de Moda, Mariana Sancho

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