Dados apontam um crescimento no número de mamografia e ressaltam a importância do diagnóstico na fase inicial
Todos os anos o mês de outubro é marcado por campanhas de conscientização do câncer de mama e para lembrar da importância da prevenção, a cidade do Rio de Janeiro ilumina o Cristo Redentor com luzes rosas.
Segundo um levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudos de Diagnóstico por Imagem, FIDI, houve um aumento de 26% nos exames de mamografia nos primeiros semestres de 2022. O câncer de mama ocorre em uma a cada 12 mulheres no Brasil.
A professora e coordenadora do curso de Enfermagem na UVA Barra, Lidiane Reis, sinaliza que todas as mulheres devem ficar atentas ao aparecimento de nódulos, caroços na região mamária, na axila, pescoço e mudanças na pele da mama. “O diagnóstico precoce desse câncer aumenta as chances de um tratamento muito mais eficaz”, diz a professora.
Além do autoexame é preciso acompanhamento com profissional da saúde. Para a especialista, os nódulos só são detectados quando estão com mais de três centímetros, logo, as mulheres devem também fazer a mamografia, assim terão mais chances de identificar o câncer no início.
A coordenadora do curso de Enfermagem explica a relevância da Mamografia.
A pedagoga Flávia do Carmo recebeu o diagnóstico aos 33 anos. Devido ao histórico na família, ela sempre fez o autoexame por causa da mãe que teve a doença e faleceu posteriormente. “Eu só pensava que iria morrer, mas o que me deu forças foi a minha irmã Patrícia que é a única família que tenho. E foi nela que eu pensei e resolvi lutar e não desistir para poder ficar boa”, relata.
Segundo Flávia, a irmã saiu do Rio e foi para São Paulo para ajudá-la. Nada parou a pedagoga que decidiu voltar a estudar e chegou a passar em dois concursos públicos.
Flávia afirma que Câncer de Mama não é sinônimo de morte. Ouça no áudio abaixo.
Assim como Flávia, Fabiana Martins, autônoma e dona de casa teve câncer de mama e fez mastectomia. Ela fala que o apoio da família ajuda muito na hora de enfrentar todo o processo. “A minha força foram os meus dois filhos, sendo um deles portador especial dependente de mim em várias situações. Ele tem uma doença rara, genética. E eu não me via longe deles”, conta Martins.
Fabiana Martins fala como descobriu que estava com Câncer de Mama.
O acolhimento e o amor são as principais vigas de sustentação, ainda conforme a autônoma que está em acompanhamento. Fabiana confessa que enxerga a vida com uma outra dimensão. “Você deve aproveitar a vida a cada instante, a cada momento vivido, aprender com as próprias falhas e agradecer a Deus todos os dias”, ressalta.
“O apoio familiar é fundamental, se não for, melhor dizendo, a chave principal de todo o processo”.
Fabiana Martins
Pesquisa feita pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, FEMAMA, aponta que 95% dos casos de câncer de mama têm cura quando tratados na fase inicial da doença. Os exames anuais de mamografia são recomendados para as mulheres a partir dos 40 anos.
Foi devido aos exames de rotina que Maria Lucia de Oliveira Leiras, auxiliar de Enfermagem, soube que estava com câncer. A aposentada contou que teve momentos difíceis, mas graças ao apoio de família e fé conseguiu superar. “Primeiramente busque ajuda médica, ore, confie em Deus. Seja forte, tenha esperança e se mantenha positiva, você vai vencer”, aconselha.
Sabrina Marques – 4º período