A febre das figurinhas da Copa

Ainda faltam 65 dias para a bola rolar nos gramados do Catar, mas os torcedores brasileiros já criaram expectativas com o exemplar colecionável da copa de 2022

Uma tradição que não sai de moda e continua presente é o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Considerado um hobby por muitos torcedores, a oportunidade de completar todo o encarte se torna um desafio para eles.

É o caso de Israel Henrique Machado, o curitibano de 24 anos é um apaixonado por futebol desde muito cedo. Colecionador de figurinhas desde os 16 anos, a primeira experiência foi com a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Para o jovem, é uma oportunidade de reviver memórias com a chance de colecionar novamente. “Tenho muitas lembranças de quando pude completar o álbum da copa de 2018”, declara.

Israel recorreu à internet para conseguir comprar a edição de capa dura, uma nova opção, e está ansioso para completar as figurinhas. Já Matheus Gama, 16 anos, irá colecionar o terceiro exemplar após as tiragens de 2014 e 2018, e espera completar a coleção deste ano. O adolescente que tem trocado algumas figurinhas na escola explica que não tem muitos colegas com a nova edição e optou por utilizar um aplicativo de celular, no qual é possível monitorar os que faltam para completar. “Facilita bastante a troca”, afirma Matheus.

Mariana Marques, 13 anos, e Guilherme Marques, 9 anos, são irmãos e neste  ano decidiram dividir o álbum de figurinhas. A estudante conta que tem sido muito legal, pois na escola conseguem trocar os cromos com maior rapidez.  Uma chance de diversão, ela já está na expectativa para conquistar todas as figurinhas. “Pelo preço delas, a gente vai demorar muito, mas com a ajuda do Guilherme vai ser mais rápido”, conta Mariana.

Mariana fala sobre a organização do álbum.


Para a psicóloga Lorraine Portugal, a forma natural do futebol já reúne diversas pessoas de diferentes idades. No entanto, uma expectativa é gerada para conquistar as figurinhas raras e trocar repetidas, o que une gerações em prol de um objetivo comum. O ato estimula a socialização e contribui para que a pessoa mantenha o foco na atividade. 

A profissional fala sobre o impacto do álbum na era digital.

De acordo com a fabricante do álbum, são 670 figurinhas com 50 especiais e 80 raras. A atividade promove a diminuição do uso de aparelhos celulares, pois naquele momento existe uma missão coletiva: a troca das figurinhas. Lorraine garante que a ocasião é propícia para experimentar um movimento fora das redes sociais. “A maioria das febres que acontecem atualmente estão associadas a jogos e redes sociais”, conclui.

Gabriela Machado – 5° período

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