Agência UVA Barra Assistiu: Aquilo que eu nunca perdi

Sobre a vida e carreira da artista Alzira E, “Aquilo que eu Nunca Perdi” é um documentário vencedor do Festival IN-EDIT Brasil de 2021, dirigido pela cineasta Marina Thomé. A diretora mantém um relacionamento de mais 15 anos com Alzira, de muita confiança e troca artística, e durante seis meses recolhendo o material para o longa, consegue precisamente retratar a excentricidade da artista no processo criativo e em toda a jornada de experimentação na música.

Alzira E também é compositora e instrumentista, nascida no estado do Mato Grosso do Sul mas que acabou se tornando uma referência no cenário independente na cidade de São Paulo, lugar onde escolheu para trilhar a sua carreira na música. A cantora comemora os 45 anos de atuação e abre as portas para lembranças, família e muita arte. O filme passeia por toda a trajetória na música, do início até os dias de hoje, onde atualmente lidera uma banda de rock aos 64 anos.

Foto: Distribuição

A montagem e edição do filme não deixam a desejar no quesito de apresentação da artista ao espectador. Entrecortado por conteúdos exclusivos, imagens de shows, material em arquivo e cenas caseiras que mostram a intimidade e rotina dividindo a paixão pela música, o afeto pela família e confiança por muitos artistas que a acompanham neste novo retrato e redescoberta de carreira. Alguns parceiros que contribuíram com histórias durante o documentário são Ney Matogrosso, Almir Sater, Itamar Assumpção e Alice Ruiz.

Adentrar a atmosfera do documentário pode parecer um pouco difícil para um novo público, que precisa ser iniciado sobre as facetas de uma nova personagem, sonoridade e contexto. A sorte é de que Alzira é uma personagem extremamente interessante e peculiar, característica que consegue prender a curiosidade de quem a está conhecendo pela primeira vez. O trabalho da artista é potente e facilmente transita por entre gerações de fãs.

Marina Thomé recebe ajuda de Dellani Lima no roteiro, que trata por ditar o ritmo com que se aprofunda os acontecimentos na relação de Alzira com a família, bastante retratada no filme, com os parceiros e com a música. Com canções inéditas e exclusivas para a produção, a trilha sonora passeia por grandes sucessos da carreira da cantora e expõe muito dos materiais guardados por muitos anos de trajetória no cenário da música.

Não dá para finalizar o longa e sentir Alzira E como uma desconhecida. A sensibilidade e a sutileza do acompanhamento na rotina da cantora dá a sensação de estarmos sendo mais um personagem dentro das sequências extremamente intimistas do documentário. O filme está sendo distribuído nas salas de cinema do Brasil pela Descoloniza Filmes e tem estreia marcada para o dia 08 de setembro.

Veja o trailer:


Bruno Barros – 2º período

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