“Top Gun: Maverick”, continuação do clássico filme dos anos 80, apresenta o Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise) 30 anos depois dos acontecimentos do longa anterior. Vivendo com os traumas do passado, principalmente pela morte do co-piloto e grande amigo Goose, Pete trabalha como piloto de testes de novas aeronaves supersônicas. Com o mesmo temperamento rebelde da juventude, ele desafia um importante almirante da marinha norte-americana durante um treinamento e acaba sendo dispensado da função. Porém, no mesmo momento Maverick recebe o convite para retornar, dessa vez como professor, para o grupo de aviadores de elite conhecidos como “Top Gun” e com objetivo de treinar jovens pilotos para uma arriscada missão.
Nos últimos anos Hollywood tem feito várias continuações, remakes e novas versões de histórias que marcaram uma determinada década. Nem todas essas experiências foram bem sucedidas, como nos casos das franquias “Os Caça-Fantasmas”, “MIB: Homens de Preto” e “Exterminador do Futuro”.
Por outro lado, quando bem feitas, esses longas iniciam novas sagas como o ocorrido com “Creed: Nascido Para Lutar”, “Star Wars: O Despertar da Força” e “Jurassic World”, todos derivados de longas que marcaram uma geração. Talvez o principal fator que faça algumas continuações terem mais êxito que outras seja saber dosar a nostalgia para os fãs antigos, mas sem se esquecer de conquistar um novo público, algo que “Top Gun: Maverick” faz com excelência.
Tom Cruise, ao lado do diretor Joseph Kosinski (Tron: O Legado), conseguem entregar uma obra cheia de homenagens aos fãs do filme original, desde o letreiro inicial, passando pela cena de abertura até pequenos detalhes colocados em determinadas cenas. E ao mesmo tempo conseguem apresentar para um novo público, que não necessariamente tem na mente o culto criado em torno de Top Gun, um longa com uma ação eletrizante, momentos emocionantes e com um humor divertidíssimo.
O roteiro assinado por Ehren Kruger, Eric Warren Singer e Christopher McQuarrie (parceiro de Cruise nos últimos longas de Missão Impossível), segue uma estrutura que é de certa forma clichê, só que muito bem executada. Alguém com mais experiência que precisa ensinar jovens e ao mesmo tempo acaba aprendendo com eles. Tudo muito familiar, só que com um toque muito cativante e que conquista o espectador logo no começo.
A direção de Kosinski sabe dosar muito bem os momentos de drama, com humor e ação. Ao lado do diretor de fotografia Claudio Miranda (As Aventuras de Pi), os dois conseguem criar momentos e cenas que fazem o espectador acreditar que tudo no filme é real. As cenas de ação nos caças da marinha são de tirar o fôlego, as câmeras colocadas dentro das aeronaves registrando as reações dos atores, passa um ar de realismo impressionante.
Um dos maiores destaques fica para o trabalho de som do longa, a experiência de assistir o filme em uma sala de cinema com uma aparelhagem de som potente faz toda a diferença. Logo na primeira cena é possível perceber como esse elemento tem grande destaque no conjunto geral da obra. Além disso, a trilha sonora mescla clássicos do primeiro filme com novas canções e o destaque fica também para a música tema de Lady Gaga “Hold My Hand”.
“Top Gun: Maverick” é a continuação perfeita do longa original, mais de 30 anos depois, Tom Cruise retorna ao personagem que consolidou a imagem dele como astro de ação em um longa cativante, que sabe equilibrar muito bem a nostalgia e apresenta um ar de novidade muito interessante. Com cenas de ação de tirar o fôlego e um humor na medida certa, o filme vai agradar os fãs do passado e conquistar as novas gerações. O longa estreia dia 26 de maio nos cinemas brasileiros.
Assista ao trailer.
Lucas Souza – 7º período