Mês da Esperança: Prevenção é aliada na luta contra o câncer

Outubro rosa é uma campanha anual de conscientização sobre o combate e prevenção ao câncer de mama, o mais recorrente entre as mulheres

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou que para cada ano do triênio 2020/21/22, sejam diagnosticados no país, 66.280 novos casos de câncer de mama, mais de 60% a cada 100 mil mulheres. Por isso, em todo o Brasil, o mês de outubro reforça a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce deste tipo de câncer e os exames de prevenção. 

A campanha serve de estímulo, além de ajudar no tratamento e futuro da paciente.  Atualmente, existem diversos tipos de câncer de mama e alguns se desenvolvem com muita velocidade. O percentual mais elevado, na faixa de 80% e 90% dos casos, possui relação direta com causas geradas pelos hábitos e comportamentos do ser humano, como também fatores de riscos ambientais que modificam a estrutura genética das células. Apesar disso, boa parte deles, quando tratados precocemente e de modo adequado, apresentam bons resultados.

A mastologista Michelle Medeiros, explica que o câncer surge normalmente nas glândulas e em sua maioria nos ductos mamários, com percentual menor de aparecimento nos glóbulos e outros locais da mama. Segundo Michelle, a realização frequente do exame preventivo é importante, pois quanto mais cedo o diagnóstico, maior a possibilidade de cura para cerca de 95% dos casos. “A mamografia é o exame mais indicado pois possibilita detectar com exatidão os tumores, antes mesmo deles se tornarem palpáveis”, explica a mastologista.

“A recomendação geral é que a mamografia seja realizada anualmente, a partir dos 40 anos de idade, como medida de rastreio” – Michelle Medeiros.

A especialista informa que os principais fatores para buscar ajuda médica são: alteração ou coloração na pele da mama, repuxamento (pele seca carecendo de hidratação), edema (acúmulo demasiado de líquido nos tecidos da mama), vermelhidão, descamação (pele descascando), dor constante recorrente por mais de um ciclo menstrual, secreção (líquido com pus) oriunda do mamilo (especialmente com presença de sangue) e a existência de nódulos palpáveis na mama, persistentes por mais de um ciclo menstrual e em caso de pacientes pós menopausa, assim que notarem tais sinais.

Outro aspecto importante é com relação ao tempo exato em que a doença pode se alastrar para outros órgãos. Ouça, no áudio abaixo, o que diz a mastologista sobre o tema.

A médica esclarece também que o autoexame não substitui em hipótese alguma a mamografia, tampouco o exame de toque realizado pelo médico. “O autoexame é importante para que a paciente possa se conhecer e perceber alguma mudança no corpo, caso ela note alguma alteração na pele ou contorno da mama, sendo de extrema urgência procurar um mastologista”, conta Michele.

Com relação ao tratamento e a cirurgia, confira abaixo o que a mastologista explica sobre o procedimento para a retirada dos nódulos cancerígenos.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento no combate ao câncer de mama em Unidades Hospitalares especializadas, porém, o atendimento é demorado e muitas pessoas deixam de fazer os preventivos, sendo que em alguns casos, perdem o prazo para a realização dos exames antes dos dois anos entre uma mamografia e outra para quem já possui entre 50 e 69, faixa etária com maior índice de casos.

Atualmente, profissionais de saúde, pacientes, e principalmente quem já passou pela experiência de ser portador desse mal, se mobilizam no intuito de impactar positivamente as pessoas, como é o caso de Andrea Pereira, de 47 anos, que enfrentou a doença recentemente e a descobriu após sentir uma dor muito forte e ininterrupta na aréola, que perdurava tanto de dia quanto à noite. Ela revelou que os sentimentos afloraram, e os mais próximos foram o medo iminente da morte e deixar os filhos desamparados. A enfermeira passou por sessões de quimioterapia e a cirurgia de retirada de mama e diz que não se preocupava com a vaidade. “Eu queria mesmo era ficar curada a todo custo”, afirma Andrea.

“Existem duas opções, lutar ou se entregar, e eu perseverei sempre em prol da primeira. A sensação de vitória nos traz gratidão e respeito eterno a todos que de alguma forma contribuíram para a minha cura” – Andrea Pereira.

O Outubro Rosa vem lembrar que as medidas de  prevenção e rastreamento, desde que efetuadas com regularidade, são importantes no combate à doença. O cuidado com a própria saúde, visitas regulares ao médico e mudanças de hábitos como alto consumo de gordura, tabagismo, sedentarismo e alcoolismo, podem ser determinantes nesta batalha.

Bruno Sadock – 6° período

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