Ajuda para quem passa por exaustão e sobrecarga no combate ao coronavírus
Desde que o coronavírus foi identificado em dezembro de 2019 e casos da doença foram registrados em Wuhan, na China, milhares de profissionais da saúde estiveram na linha de frente no combate ao vírus. Mais de um ano após os trabalhos e o número de 500 mil mortos no Brasil, médicos e enfermeiros estão exaustos. Ter empatia é preciso para apoiar esses profissionais.
O projeto Cuidando dos Heróis é uma iniciativa de voluntariado que visa estabelecer uma rede de apoio para a superação do estresse ou sofrimento emocional, estado de exaustão causado pela exposição à pandemia. Através desse apoio, diversos especialistas dão horas do seu tempo para cuidar do próximo.

Os profissionais da saúde foram obrigados a adentrar em um ambiente desconhecido e sem conhecer a doença. Muitos foram enclausurados para tentar salvar vidas. Todas as preocupações com a família e com si próprio acarretaram em uma sobrecarga física e mental, na maioria dos profissionais, conhecida como Burnout.
Segundo pesquisa realizada pelo aplicativo PEBMED, 78% dos profissionais tiveram sinais de síndrome de Burnout no período da pandemia. A prevalência foi de 79% entre médicos, 74% entre enfermeiros e 64% entre técnicos de enfermagem. Essa síndrome é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, associado à atividade profissional, que causa esgotamento físico e mental.
“Os profissionais da área da saúde se dedicam inteiramente ao propósito de salvar vidas, e de proporcionar uma assistência adequada, mesmo quando as condições são desfavoráveis. Agora, é a nossa vez de ajudar”
Nazareth Ribeiro

A fundadora do projeto, Andréa Drumond, conta que essa rede de apoio vai criar novos costumes para a população. “Nossa intenção é criar uma cultura de valorização, mostrar que todo mundo importa. É importante reforçar que estes profissionais são humanos e têm fragilidades e qualidades como todos. Por isso, queremos recuperar a saúde mental, emocional e física de todos que passarem pelo projeto”.
“Precisamos vacinar a população, fortalecer as campanhas informativas é de educação da população. Enfatizar o uso de máscaras e medidas preventivas, cobrar mais eficiência e atitude dos governos, reduzir a pressão nos serviços de saúde. Os profissionais estão cansados e esgotados emocionalmente, precisamos apoiá-los para que se mantenham firmes, saudáveis e com saúde emocional”
Andréa Drumond
Natália Lisboa – 6º período