Rir ainda é o melhor remédio

No Dia Nacional do Riso, saiba como o ato de rir melhora a vida das pessoas

Nesta sexta-feira, 06 de Novembro, é comemorado o Dia Nacional do Riso. Não se sabe ao certo a origem da data no Brasil, mas, internacionalmente, “reza a lenda” que praticantes de Yoga de todo o mundo se juntaram em uma mega sessão para praticarem a terapia do riso. No entanto, o que se sabe, realmente, são os benefícios do ato de dar risada.

Comprovado cientificamente, o riso é capaz de reduzir a pressão arterial, aliviar a ansiedade e proporcionar sensações agradáveis. Estudos da Universidade Loma Linda, na Califórnia, nos Estados Unidos, provam que o bom-humor contribui no bem estar profissional, tornando as pessoas mais extrovertidas e deixando-as mais à vontade em situações de pressão.

Além disso, outra pesquisa, dessa vez da Universidade de Oxford, no Reino Unido, provou que rir reduz em até 10% a sensação de dor. Por isso, a “risoterapia” é tão usada nos hospitais. O conceito é usado como uma terapia complementar para estimular a alegria e ajudar nas respostas aos demais tratamentos e mecanismos naturais de autocura do corpo.

Pensando nesses benefícios, a “Sociedade do Riso” visita hospitais, lares de idosos e espaços com pessoas em situação de vulnerabilidade. Formado por cerca de 60 palhaços, entre amadores e profissionais, o projeto tem o objetivo de levar alegria e gerar bem-estar para diversos públicos. Idealizador e coordenador da iniciativa, Rodrigo Robleño, acredita que ter uma data para lembrar dos benefícios da risada é extremamente importante.

“Num mundo onde estamos nos especializando em falar mal, em ofender, em buscar ter mais likes do que ter caráter, ter uma data para lembrar que a gente pode brincar, ser feliz e compartilhar alegria é fundamental”

Por conta da pandemia, as atividades do grupo passaram a ser virtuais, com lives e videochamadas com o público. No início, a adaptação foi difícil porque, segundo Rodrigo, a potência do palhaço é a presença física e não há como substituir isso. “As visitas online têm servido como medida paliativa, mas foi importante porque, mesmo mediados pela telinha, conseguimos nos conectar com as pessoas e, principalmente, rir bastante. Infelizmente, a situação do mundo é de cada vez menos dedicação ao próximo, por isso não podíamos deixar de fazer”.

A motivação de Rodrigo por continuar o projeto, mesmo de maneira online, é a mesma de Alex Schulz: compartilhar alegria. Dono de uma página de humor e que publica memes diariamente no Twitter, o autônomo, que trabalha com marketing, diz que sempre gostou de conteúdos engraçados nas redes sociais. “Eu seguia algumas páginas, mas no final de dezembro, do ano passado, resolvi criar a minha própria. Queria algo com um conteúdo que eu iria gostar de produzir e de assistir, então pensei em vídeos aleatórios que fizessem as pessoas rirem”, conta

Hoje, prestes a completar um ano de página, Alex acredita que conseguiu o que queria. Com mais de 725 mil seguidores, ele conta que recebe diariamente mensagens privadas agradecendo o conteúdo postado, e que elas aumentaram durante a pandemia. “Como são muitas mensagens que recebo, as vezes elas ficam entre um monte de spam, mas eu faço questão de ler uma por uma. É muito gratificante saber que eu estou ajudando alguém em um momento complicado ou estou fazendo ela rir em um dia difícil”

Uma das mensagens de agradecimento que Alex recebeu durante a pandemia. Foto: Arquivo Pessoal

O riso também é uma ferramenta social. A atriz Evelyn Castro, que faz parte do elenco do Porta dos Fundos, canal do Youtube focado em conteúdos humorísticos, conta que os vídeos buscam causar reflexões no público através do humor e das risadas, mesmo com alguns assuntos delicados. Mas fazer rir deve ter alguns limites.

“A gente fez um vídeo no Porta do Fundos que algumas pessoas acharam que foi de cunho Gordofóbico, então a gente foi tentar entender como e porquê acharam isso para tentar melhorar. Alguns limites são claros para mim, como o racismo, o machismo, a própria morte e a pandemia. A gente pode apontar essas coisas, mas tomando o cuidado necessário para não ser ofensivo”, conta.

Ouça a explicação de Evelyn sobre como ela enxerga o humor

A atriz, que também faz parte do elenco de Tô de Graça, série de comédia do Multishow, tem formação de cantora e fazia espetáculos musicais, mas não se sentia completa. Ela tinha certeza de que a carreira que seria mais prazerosa a se seguir, seria a de atriz. Isso porque o ato de rir sempre a motivou.

“Depois dos shows quando as pessoas falavam que eu cantava bem, eu gostava e tudo. Mas, até hoje, quando as pessoas dizem para mim “nossa, eu ri muito hoje” é o que me faz realmente dormir feliz e em paz”, finaliza.

Pedro José Alves – 7º período

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