Trabalhadores utilizam novos estilos de roupas durante as reuniões on-line
As plataformas de vídeo chamada ganharam maior popularidade após o isolamento social obrigatório. Com os funcionários tendo que trabalhar em casa, empresas tiveram que se adaptar para o mundo virtual, utilizando conferências on-line. Entretanto, não foram só os métodos para reunir a equipe que mudaram. Por estarem em casa, houve uma mudança no código de vestimenta durante o trabalho. Peças mais confortáveis foram aderidas durante a pandemia, muitas vezes não tendo a preocupação de estar arrumado da cintura para baixo.
Com o trabalho em casa e sem precisar ligar a câmera todos os dias, a monitora do curso de inglês, Raquel Eleutério dispensa roupas formais. Como suas aulas só necessitam apenas do espelhamento de tela, Raquel cumpre seu horário de trabalho vestindo peças escolhidas para ficar em casa. “Não tenho costume de ficar de pijama o dia inteiro, então eu ponho uma roupa simples, mas de ficar em casa”. Entretanto, existem situações que exigem o uso obrigatório da farda do ambiente de trabalho.
Confira um trecho da entrevista:
A professora de moda da Universidade Veiga de Almeida, Lucília Ramos diz que mesmo que seja aceito roupas que não seriam utilizadas na rotina normal, o profissional não deve perder o costume de algumas normas na escolha do look. “Acredito que uma boa escolha seria priorizar as roupas mais neutras. Sem muitas estampas, detalhes muito chamativos ou decotes. A vestimenta deve passar uma boa imagem”.
A estudante de jornalismo Amanda Oliveira está aproveitando o tempo em casa para se arrumar mais para reuniões, mesmo que na maioria das vezes, se prepare apenas da cintura para cima. “Apesar de estar em casa, sinto que estou me arrumando melhor do que antes. Em dias que minha autoestima está baixa eu tiro um tempo para cuidar de mim, passar uma maquiagem e usar uma roupa mais arrumada”.
Já o coordenador do curso de fisioterapia da UVA do campus Barra, Yves de Souza, não alterou o “guarda-roupa” durante a pandemia. As gravatas, camisas e calças sociais não deixaram sua rotina. “Justamente para que eu mesmo percebesse que essa mudança não deveria alterar o nível de profissionalismo, optei por manter tudo exatamente igual”.
As roupas de Yves também são uma forma de ensinamento. O coordenador utiliza suas roupas para explicar ao seu filho de três anos, Daniel, que o pai dele não está de férias. “O símbolo disso tudo é a gravata. Então fizemos um acordo. Sempre que eu estivesse de gravata em casa, ele já sabia que estava em horário de “pabáio” e que não poderia brincar”, conta Yves.
Acessório necessário
Pessoas que não tiveram a oportunidade de poder usufruir do home office e mantiveram as normas de vestimentas da empresa para trabalhar presencialmente, ganharam um novo acessório por precaução do novo coronavírus (COVID-19): máscaras. A professora Lucília diz que a nova peça obrigatória deve ser utilizada por segurança, mas também pode ser vestida de forma estilosa. “A máscara acabou se tornando um acessório muitas vezes criativo e uma fonte de renda para muitas pessoas e até empresas”, diz. A professora também acrescenta que o mercado da moda já começou a agir, disponibilizando panos que protegem contra o vírus e com estampas divertidas.
Com a volta da rotina presencial, possivelmente os padrões de vestimentas de cada empresa também retornarão. Entretanto, a professora confirma que a máscara continuará sendo o uniforme obrigatório para todos por um bom tempo.
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Isabella Lutz – 8º período / Jornalismo