Um semestre com novidades para docentes e discentes
O primeiro semestre de 2020 começou de uma forma atípica: um isolamento social que impossibilitou a todos de manterem a rotina. O ambiente acadêmico também não ficou de fora da quarentena causada pela COVID-19 e precisou se reinventar, com isso, aulas e trabalhos foram readaptados para o formato digital e a sala de casa virou a nova sala de aula dentro da rotina diária entre professores e alunos.
Após todas as mudanças e reformulações o semestre 2020.1 termina. A diretora acadêmica do campus Barra da Universidade Veiga de Almeida, Nara Iwata, relata que todo o planejamento precisou ser refeito e todos tiveram que lidar com a ansiedade e incerteza com o futuro, mas a diretora afirma que o que fica é a comprovação de que o ensino se faz com afeto. “Os professores se ajudaram, pessoas de áreas de conhecimento diferente trocaram experiências nos grupos – que foi mais do que uma rede social, se tornou uma rede de apoio. No presencial alguns nem se conheciam, mas no isolamento viram a importância de se ajudarem”.
“O isolamento aproximou as pessoas e a digitalização trouxe humanidade ao ensino”
– Nara Iwata
Disciplinas do curso de Design de moda da UVA que possuem exercícios que precisam de laboratório e maquinário, aulas externas de desenho, algumas práticas de construções têxteis e estamparia tiveram que ser substituídos. A professora Lucília Ramos cita que no começo foi difícil, mas aos poucos se adaptou. “Tive a sorte de ter turmas maravilhosas, alunos muito queridos. Foi um apoio mútuo. Firmei compromisso com meus alunos de fazermos essas práticas em workshops no TECILAB (laboratório de projetos têxteis da UVA) após a pandemia.
A professora do curso de Design Gráfico Anna Carollina Bulcão explica que não teve problemas com as disciplinas que leciona porque no geral os seus alunos já possuem computador em casa e a Adobe disponibilizou as licenças necessárias por meio da universidade, e assim conseguiu manter as mesmas atividades do presencial, mas com todo suporte on-line. “Gravei aulas exclusivas para os alunos, além das aulas ao-vivo, então o aluno teve total suporte didático para rever por diversas vezes e mantenho contato através dos grupos de disciplinas para quem necessitar no Facebook”.
Sem poder utilizar os laboratórios da universidade para realizar os trabalhos, a estudante de Design Gráfico Lorrana Cardoso comenta que apesar do distanciamento, não teve muita dificuldade para usar os programas em casa. “Só senti falta de ter alguém me guiando porque por estar em casa o meu criativo ficou um pouco afetado e eu ficava meio perdida às vezes”, conta.
Confira o trabalho criado por Lorrana para a disciplina de Semiótica
O distanciamento social também afetou o formando de jornalismo João Victor Barros, que para o projeto final de conclusão do curso criou o documentário “O surgimento da colina histórica – O estádio de São Januário”. Devido a quarentena, João precisou mudar todo o planejamento de gravações. “Foi uma das maiores dificuldades que eu enfrentei, pois eu estava planejando fazer gravações dentro de São Januário, gravar imagens do estádio, mas com a pandemia que estamos vivendo tive que me adaptar e fazer as entrevistas por meio de programas de videoconferência e as imagens utilizar de terceiros, mas todas com os devidos créditos”, finaliza.
Assista ao documentário de conclusão de curso sobre o Vasco da Gama todo feito de casa:
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As incertezas quanto ao futuro da educação não trazem nenhuma resposta pronta, mas o que 2020.1 apresentou para professores, alunos e administrativo é que a educação continua a caminhar. Adaptações, força de vontade e empatia foram palavras que descrevem os esforços empreendidos por todos.
Graziela Andrade – 7º Período | Jornalismo