Vencendo a COVID-19

Pessoas que se recuperaram da doença contam suas experiências

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil já possui mais de 600.000 casos confirmados de COVID-19, doença provocada pelo coronavírus. Com o intuito de impedir a propagação do vírus, teatros, shoppings, cinemas, escritórios, escolas e universidades foram paralisados e tiveram seu funcionamento adaptados para a nova realidade. Mesmo com muitos casos confirmados, o Brasil também é o país com o maior número de pessoas curadas, mais de 250.000 recuperados. O país só está atrás dos Estados Unidos, com mais de 440.000 curados.

A paulistana Bruna Mendes conta com orgulho que venceu a doença. “Os primeiros sintomas que senti foram calafrios, meu rosto ficou quente e tive febre de 39.2 graus”. Imediatamente, ligou para o plano de saúde e relatou os sintomas para o médico. Por fazer parte do grupo de risco, ela foi orientada a ir para o hospital e fazer uma tomografia. Depois de algumas horas a doença foi identificada e logo foi iniciado o tratamento.

Bruna se sente feliz e aliviada de ter vencido a COVID-19 – Foto: Arquivo Pessoal

Inicialmente, Bruna conta que não se desesperou, mas depois do quinto dia de sintoma, ela piorou. “Me sentia cansada, com uma dor de cabeça terrível e não conseguia abrir os olhos. Por conta da medicação, tive efeitos colaterais como: dor de estômago, vômito, enjoo e diarreia. Ali achei que fosse morrer. Moro sozinha e foi muito difícil, derrubada pelo vírus, ter que fazer todas as tarefas, sem ajuda de ninguém”. O médico que a atendia todos os dias através do celular, explicou que a internação só seria necessária, caso ela não aguentasse mais ficar em casa.

A médica Christiane Vigné explica que os cuidados que uma pessoa infectada deve ter são os mesmos de uma doença infecciosa normal: tomar antitérmico, descansar, ficar isolada o máximo possível e, se morar com outras pessoas, se isolar em um cômodo. Quando for se movimentar pela casa, sempre usar máscara e álcool para evitar o contágio dos outros. “O principal é, mesmo perdendo o paladar e o olfato, sempre manter uma alimentação saudável, quanto mais anêmico pior pode ser o agravamento da doença”.

A médica Christiane Vigné explica que o maior risco de contaminação para os médicos é na retirada de todo material de proteção – Foto: Arquivo Pessoal

A médica comenta que ainda não foi confirmada a possibilidade de contrair o COVID pela segunda vez e afirma que os estudos atuais indicam que não. “Depois de um mês que tiveram a doença, algumas pessoas foram testadas e ainda possuíam alguns fragmentos do vírus no sangue, mas isso não significa que seja uma reinfecção. Podem ser fragmentos que se mantiveram na corrente sanguínea e o indivíduo ainda é considerado um transmissor. Mas a maioria não apresentou sintomas novamente”. Christiane acredita que com a pandemia, a população adquiriu mais hábitos de higiene. Ela espera que isso permaneça no futuro, assim como a tentativa de evitar aglomeração.

A jornalista Patrícia Campos e seu marido Victor Fonseca estavam na Europa de férias quando foi decretada a pandemia. Quando chegaram ao Brasil, decidiram fazer o teste para COVID, já que passaram por áreas consideradas de alto risco. O resultado foi positivo. Ela sentiu apenas a perda do olfato, que na época não era considerado um sintoma do coronavírus, mas seu marido teve bastante tosse. Como moravam sozinhos e os dois estavam infectados, fizeram o isolamento em casa. “Desde a viagem tivemos a dimensão da seriedade da situação. Chegamos aqui e ficamos assustados em ver como as pessoas seguiam a vida normalmente, como se nada estivesse acontecendo”, explica Patrícia.

Bruna Mendes, que abriu esta matéria, diz que no primeiro momento não estava se cuidando, andava sem máscara e achava que a doença fosse só uma gripezinha. “Descobri que não é! A dor que senti não se parece em nada com uma gripe. Tive muito medo de morrer. Em poucas horas do primeiro sintoma eu já estava muito mal. Não tem como saber a forma que seu organismo vai reagir, algumas pessoas não sentem nada e outras morrem. Isto que apavora!”. Mesmo sabendo que possui anticorpos, Bruna ainda tem receio da doença.

A Agência UVA Barra segue os protocolos de isolamento social e toda a equipe está trabalhando de home office. As entrevistas, apurações e pesquisas todas são feitas por aplicativos e uso da internet, mas seguindo a ética de produção jornalística.

#contiueemcasa

Érik Sequeira – 4º Período | Jornalismo

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