Conversa teve foco nas mudanças proporcionadas pelo isolamento
A Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura e Urbanismo (ABEA) realizou na última terça feira (19) a live “Emergências e Pendências no Ensino de Arquitetura e Urbanismo durante a Pandemia”. O debate aconteceu no Youtube e contou com a presença de profissionais e professores da área, além da diretora do Campus Barra, da Universidade Veiga de Almeida, Nara Iwata.
Mediado pelo professor Carlos Murdoch, o Webinar ouviu os representantes dos envolvidos no processo de ensino de Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Além de Nara, representante das instituições de ensino privadas, falaram: Carlos Eduardo Nunes-Ferreira, professor da UVA e Vice-presidente da ABEA, representando os docentes; Fábio Muller, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria, representante das instituições públicas de ensino; e Ananda Henklain, Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FeNEA), representante dos estudantes.
A discussão teve foco nas adaptações necessárias para o ensino remoto durante a pandemia do coronavirus. Ananda Henklain, defendeu que alguns estudantes de Arquitetura e Urbanismo são contrários à virtualização, uma vez que a atitude possa soar discriminatória. “A gente tem visto muitas reclamações dos estudantes. É uma mudança muito brusca e, apesar da arquitetura ser uma área tecnológica, é preciso ter calma para não excluir acadêmicos que não tem as condições mínimas para isso”.
A diversidade de condições dos alunos foi a principal preocupação na hora da mudança no modelo de ensino da Universidade Veiga de Almeida (UVA). Entender as realidades discentes foi uma tarefa apontada pela diretora do campus Barra.
Veja o depoimento da diretora Nara Iwata:
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Para o professor Carlos Eduardo Nunes-Ferreira, a virtualização foi necessária, mas é necessário entender que algumas matérias práticas precisam da vivência no campo. Segundo ele, existem elementos das aulas presenciais que são insubstituíveis. Ele conta que estava prestes a iniciar um projeto com alunos e professores em Madureira, mas que por conta da pandemia esse projeto passou a ser virtual. “A gente não consegue trabalhar plenamente um terreno de forma virtual. Com a tecnologia e os dados a gente consegue parametrizar, mas é preciso estar no local também”, finaliza.
Pedro José Alves – 7º Período | Jornalismo