Evento apresentou o impacto da moda para o meio ambiente
A Semana Fashion Revolution aconteceu nos dias 24, 25 e 26 de abril no campus Barra, da Universidade Veiga de Almeida e teve como objetivo conscientizar as pessoas do universo da moda, para que sejam consumidores responsáveis, de forma que conheçam o verdadeiro custo e impacto desta produção para a vida do planeta. O movimento envolve milhares de pessoas ao redor do mundo, e no Brasil conta com alguns embaixadores que estão dentro das universidades para promover ações, debates conscientes e gerar reflexões sobre as sequelas da indústria da moda.
É o caso da estudante de Design de Moda da UVA Barra, Rayene Esteves que se envolveu com o movimento a partir da necessidade de trazer o assunto para a universidade, percebendo que é uma temática que os alunos ainda não têm muito conhecimento, assim, se tornou embaixadora do Fashion Revolution. “Ainda é muito difícil trazer as pessoas a uma conscientização completa, entender a moda de forma justa e decente”, afirma.
Durante os três dias, aconteceram palestras sobre proteção ambiental, igualdade de gênero na indústria têxtil, e como todas essas questões são importantes para moldar o futuro do segmento de forma limpa. O evento abriu as discussões com a jornalista Manoela Castro e a Designer de moda Giselly Martins, que falaram sobre consumo consciente.
Fui ficando cada vez mais sufocada com o excesso e o desperdício e todo o consumo desenfreado
– Manoela Castro
Segundo a jornalista, essa percepção sobre o que é correto nesta indústria, é algo que acontece aos poucos, geralmente a partir de um incômodo sobre a vida que cada um leva em sociedade. Giselly Martins falou sobre como é importante e necessário voltar atrás, para podermos avançar e repensar o processo.
Os outros dois dias de evento trouxeram temáticas sobre Design Sustentável e Direitos Trabalhistas em que a professora Lucília Ramos, a professora e advogada Isabela Palladino e a costureira Jacqueline Lima estiveram presentes em uma roda de conversa, falando sobre como a indústria da moda cada vez explora mais pessoas, e dá menos importância para o que está na lei e para o que é socialmente justo.

A professora Lucília frisou a importância da informação, de uma reavaliação de consumo e o entendimento que todos nós fazemos parte do meio ambiente. “Precisamos conhecer o produto que é consumido, a composição, e o descarte dele, é uma questão de reeducação, mesmo sendo um caminho árduo”, afirma.
A indústria da moda é a segunda que mais impacta no mundo, por isso a importância de se pensar em atitudes urgentes e necessárias. “É preciso saber para onde vai o que estamos usando”, afirma a aluna do sexto período do curso de moda, Victoria Pereira. O evento reforça o compromisso da UVA na formação de profissionais mais conscientes do papel que vão desempenhar no mercado.
Thalyta Souza – 2º Período | Jornalismo