Tema é um dos de debates no terceiro dia de Rio2C
Há alguns anos poucas mulheres tinham voz e destaque dentro das produções audiovisuais, a boa notícia é que isso vem mudando. E foi sobre esse assunto que a palestra “Elas, com elas, para elas” falou. O bate-papo contou com a jornalista Glenda Kozlowski, a atriz Taís Araújo, as apresentadoras Astrid Fontenelle, Andreia Horta e Renata Boldrini, a autora Maria Camargo e a moderação da jornalista Aline Midlej.
Exercitando a sororidade, as mulheres se apoiam cada vez mais e buscam igualdade em cargos diferentes. Para a atriz Taís Araújo, dar mais espaço para as mulheres, não só em frente às câmeras, mas por trás delas também, é um começo. “Nós não podemos contar a história do outro pelo nosso ponto de vista, tem que ser pelo da pessoa que vive isso”, explica.
O debate apresentou também a questão do assédio que as jornalistas, principalmente esportivas, sofrem. “Me colocaram para narrar na última olimpíada e foi horrível. Eu recebi várias mensagens de ódio, dizendo que mulher não era feita para narrar nada. Sem contar as inúmeras vezes que fui xingada dentro de campo”, conta a jornalista do SportTV, Glenda Kozlowski. “Mas, cada vez mais, vamos ter mulheres narrando e indo cobrir jogos sim, de futebol também. Ninguém vai nos calar”, completa.
A cada dia a luta contra o machismo, e inúmeros outros preconceitos é vencida. Segundo Astrid Fontenelle, as mulheres criaram uma barreira e se ajudam, o que antes não acontecia. “Antigamente era muito pior, eu procuro ser positiva em relação a isso. Temos muito a melhorar, mas ainda assim, estamos conseguindo. Hoje não ficamos caladas”, comenta a apresentadora. E é com um passo de cada vez, e unidas, que elas ganham um espaço.
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Ana Beatriz Bernardo – 7º Período | Jornalismo