Com ajuda de psicólogos e pedagogos pais puderam tirar dúvidas sobre seus filhos
O Dia Internacional do Autismo foi comemorado com informação. O Rio TEAMA 2019, evento que recebeu profissionais para discutir temas como educação, violência, ansiedade e comportamento das pessoas com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), aconteceu nos dias 2 e 3 de abril, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca.
A relação dos pais com o diagnóstico é uma fase de muita ansiedade e aflição. Para o neurologista infantil, Jair Moraes a falta de informação pode gerar problemas. “Isso gera especulações e polêmicas sobre assuntos como o tratamento e é de extrema importância mudar isso”, afirma o médico que também reforça que são eventos como esse que aproximam pais e especialistas na troca de informações corretas e experiências.
A professora Priscila Pereira vive a experiência de cuidar da filha de 12 anos diagnosticada com autismo leve. A mãe resolveu ir ao evento para receber mais informação sobre o TEA. “Essa área não é abordada normalmente em programas de televisão então precisamos correr atrás”. Priscila enfatiza que esses eventos são importantes para os pais, que sofrem com a falta de informações.
A doutora em psicologia clínica Dayse Serra diz ter escolhido o autismo logo quando criança, após assistir o filme Meu Filho Meu Mundo (1979). “O que me move é o desespero dos pais quando tem a dúvida e a certeza através do diagnostico”, afirma. Com três livros lançados sobre a alfabetização de alunos com TEA, ela exalta a importância da educação dos autistas e a socialização, para que, assim, eles possam ganhar autonomia e não precisarem mais dos pais.
O seminário contou com palestras e mesas de debate e recebeu médicos, psicólogos e estudiosos do tema. No Brasil, estima-se que pelo menos 2 milhões da população seja de autistas, por isso a importância de abrir espaços plurais para o debate e a troca de informação.
Ana Carolina Marinho – 7º período | Jornalismo