
A DC está fechando 2018 com o lançamento do filme Aquaman, que traz a história por trás do personagem antes dele integrar o time da Liga da Justiça. Com roteiro de David Leslie Johnson acompanhado de Will Beall e direção de James Wan, Aquaman chegou com todo o impacto do mar.
A época na qual os filmes da DC apostavam em um tom mais sombrio e dramático para contrastar e se diferenciar da empresa rival virou passado. Aquaman é uma explosão de cores que explora cenários diferentes, elementos marcantes e trabalha com o fantástico, a ação e a comédia em doses perfeitamente iguais.
No filme vemos Arthur Curry – fruto de um amor impossível entre um humano comum e uma rainha de Atlântida – crescer, aprendendo a lidar com suas habilidades especiais adquiridas do povo do mar, e desenvolvendo seu senso de justiça e ajuda ao próximo. Mais tarde, sua atitude de justiceiro, que se dá principalmente no ambiente aquático, é responsável pelo surgimento do seu apelido: Aquaman. O plot do filme se dá quando o meio irmão atlante de Arthur, rei Orm (Patrick Wilson) declara guerra a superfície e o protagonista se vê obrigado a reclamar um trono que nunca desejou para salvar a humanidade.
Jason Momoa dá vida ao personagem e encarna uma versão do herói que inicialmente se apresenta como uma mescla de roqueiro brutamontes – a trilha sonora ajuda muito a montar esse estereótipo – espertinho sarcástico e filho amoroso. A atuação de Momoa convence e é ele quem salva o filme – que é carregado nas costas pelo ator. Amber Heard, que interpreta a princesa Mera, também tem um bom aproveitamento e a química com Momoa encanta, mesmo que não seja daquele padrão explícito.
Como nada é perfeito – especialmente em trama de super herói – existiram erros que por pouco não comprometeram seriamente a qualidade do filme. A pressa no roteiro transformou o longa em uma história divertida, porém sem profundidade. Tudo é muito corrido. Os personagens não têm tempo de se desenvolver. Mesmo o próprio protagonista parece ter atitudes um tanto aleatórias em alguns momentos. O desfecho da briga entre os meios-irmãos também foi um tanto decepcionante.
Um personagem que ficou extremamente solto, com um propósito clichê e que pareceu inútil boa parte da história foi o pirata que vem a se transformar no vilão Arraia Negra. Interpretado por Yahya Abdul-Mateen II, o personagem se mostra a chave para uma possível sequência durante a cena pós crédito.
O longa, que já foi exibido em uma sessão especial para os fãs presentes na Comic-ConExperience 2018, terá sua estreia mundial hoje, dia 13. Aquaman promete um tempo divertido no cinema e veio para anunciar novas possibilidades para o futuro cinematográfico da DC.
Julia Morais – 6º período