Alunos e profissionais tiram suas ideias do papel para criação de “cidades inteligentes”

Ficar 36 horas direto sentado na frente de um computador tentando criar um produto através da programação de um aplicativo e enfrentando todo tipo de adversidade não deve ser uma tarefa muito fácil. Para conseguir um lugar no pódio e poder arrecadar até R$ 20 mil, os participantes da Mega Hackathon – uma maratona desenvolvida para o Hacktudo – tiveram que enfrentar exatamente isso.
A maratona desse ano teve como tema “cidade inteligentes” e reuniu cerca de 54 times com 4 a 6 integrantes, de todo o país. Durante as 36 horas, todos eles foram testados não apenas pelo sono, pela fome, ou simplesmente pela vontade de esticar as pernas, mas também tiveram uma pequena surpresa lá dentro da Cidades das Artes no Rio de Janeiro, a chuva que chegou durante a madrugada do último dia e acabou afetando alguns aspectos da competição.
Mas isso não foi motivo para os times desistirem. Os profissionais do “Passei Direto”, os quatro colegas de trabalho: Marina Haack, Amanda Rosetti, Brendo Torres e Yuri Franco, desenvolveram a Wee Food (wehealthy.life) uma plataforma colaborativa entre redes de pequenos produtores de alimentos saudáveis para com os consumidores. “É um problema milenar que com o crescimento das cidades é preciso pensar em formas mais saudáveis e sustentável para a alimentação das pessoas”, explica Marina Hack.

A Mega Hackathon ainda trouxe algumas novidades para os programadores “Essa experiência imersiva é bem bacana, porque a gente fica praticamente 40 horas trocando ideias e aprendendo”, comenta Amanda Rosetti. A maratona foi uma experiência de grande aprendizado para os quatro, apesar de alguns já terem participado de competições como essas. “Aqui é diferente porque a gente pode começar algo do zero e construir um produto a partir das nossas próprias ideias”, completa.
Depois de horas de cansaço e até mesmo de estresse, após apresentarem seus produtos para os jurados era possível ver o sorriso no rosto de cada um. “É gratificante chegar no final e ouvir um ‘parabéns’ e pensar que realmente é possível ver sendo lançado no mercado”, comenta Marina Hack. Muito além de vencer ou não a competição, Marina ainda explica a satisfação de ver uma boa quantidade de mulheres tendo um papel tão importante em tecnologia, algo que era muito referenciado à homens. “Ver elas participando e sendo um reflexo para as outras meninas que passam e pensam ‘eu também posso fazer isso’ é muito legal”.
Ana Carolina Soares – 6º período